O governo Donald Trump suspendeu as contribuições financeiras dos Estados Unidos à Organização Mundial do Comércio (OMC), intensificando sua política "America First" e gerando incertezas sobre o futuro da organização.
Desde 2019, Trump tem sido crítico da OMC, chegando a bloquear a nomeação de novos juízes para o tribunal de apelação, acusando o órgão de excesso judicial em disputas comerciais. Essa medida é vista como mais um golpe contra o multilateralismo e as instituições globais.
Para 2024, a OMC contava com um orçamento anual de US$ 232 milhões, sendo os EUA responsáveis por aproximadamente 11% desse montante. A suspensão dos fundos americanos coloca pressão sobre a organização, que já está desenvolvendo um plano para enfrentar uma possível interrupção prolongada.
De acordo com as regras da OMC, países membros que não pagam suas contribuições por mais de um ano estão sujeitos a "medidas administrativas". Atualmente, além dos Estados Unidos, outros cinco países estão na primeira categoria de inadimplência: Bolívia, República Democrática do Congo, Djibouti, Gabão e Gâmbia.
"A política 'America first' do governo Trump tem levado o país a se afastar de várias instituições internacionais." afirmou a agência Reuters.
A atitude de Trump reflete um padrão de distanciamento de organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual os EUA planejam se retirar, buscando priorizar os interesses nacionais em detrimento da cooperação global.
A decisão de Trump gera preocupação em relação ao futuro do comércio internacional e ao papel da OMC na resolução de disputas comerciais. Críticos apontam que essa medida pode enfraquecer o sistema multilateral e favorecer acordos bilaterais, minando a influência da organização.
"O governo norte-americano chegou a bloquear a nomeação de novos juízes para o tribunal de apelação. À época, o republicano acusou o órgão de excesso judicial em disputas comerciais." informou a Reuters.
Essa ação de Trump pode ser vista como uma estratégia para pressionar a OMC a adotar reformas que atendam aos interesses dos Estados Unidos, em linha com sua visão de que o país tem sido prejudicado por acordos comerciais desfavoráveis.
Enquanto isso, a administração Trump segue implementando sua agenda protecionista, buscando fortalecer a economia americana e proteger seus trabalhadores, mesmo que isso signifique desafiar o status quo do sistema de comércio global.
O mundo aguarda para ver como a OMC irá lidar com essa crise financeira e política, e se a organização será capaz de se adaptar às novas realidades do cenário internacional, marcado por tensões comerciais e disputas de poder.
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