
As tarifas de importação americanas, usadas por Donald Trump como ferramenta de negociação, têm gerado debates sobre seus impactos econômicos e políticos. A medida, que eleva os preços de produtos importados, afeta diretamente o poder de compra dos consumidores americanos.
A imposição de tarifas, embora possa parecer uma estratégia para fortalecer a indústria nacional, acarreta um aumento do custo de vida, uma vez que os produtos importados ficam mais caros e a competição no mercado interno diminui.
A reação de Lula, prometendo reciprocidade caso o Brasil seja taxado, suscita preocupações sobre as possíveis consequências para os consumidores brasileiros. A imposição de tarifas retaliatórias pode encarecer tanto os produtos importados dos EUA quanto os produtos nacionais, impactando negativamente o poder de compra da população.
No passado, o Brasil já experimentou os efeitos negativos de altas tarifas de importação, como no setor automobilístico e na informática, resultando em produtos ultrapassados e preços elevados. A taxação de importação de vinhos é outro exemplo de medida que não impulsionou a qualidade do produto nacional, apenas o encareceu.
Para o Brasil, um país com menor poder aquisitivo em comparação com os EUA, a imposição de tarifas retaliatórias representa um risco ainda maior, pois limita as possibilidades de consumo e afeta principalmente a população de baixa renda.
É justamente por sermos mais pobres que os americanos, como nação e como indivíduos, que revidar as tarifas de Trump com mais taxação pelo nosso lado é um grave erro. Isso nos empobrece ao reduzir nossas possibilidades de consumo e tem maior efeito na base da pirâmide social.
A decisão do governo de taxar as importações individuais, a chamada "taxa das blusinhas", já demonstra os efeitos negativos dessa política, reduzindo o dinheiro disponível para a população.
Quando Lula e Haddad declaram que irão taxar o que for importado dos EUA, podemos tirar uma de duas conclusões. A primeira seria que nada entendem de economia e tratam a política econômica como um jogo de soma zero com o ultrapassado conhecimento dos mercantilistas. A segunda é que têm pouca preocupação com o poder de compra dos brasileiros, pois os produtos se tornarão mais caros à população.
O governo de PT parece priorizar a oposição ao governo americano, mesmo que isso prejudique a população brasileira, repetindo o comportamento revanchista em outras áreas, como na exigência de vistos para cidadãos de países que exigem o mesmo de brasileiros.
O que deveria orientar qualquer política externa é se determinada medida contribui para melhorar a vida dos residentes do país. Nesse caso, facilitar a entrada de estrangeiros de países desenvolvidos pode incrementar o turismo por aqui e elevar a renda em benefício de todos os brasileiros. O mesmo raciocínio devemos ter em relação às tarifas aduaneiras. Elas contribuem para a melhoria da renda dos residentes no Brasil? De outra forma, é jogar um jogo de soma zero que, como sabemos, não pode ter mais de um vencedor. concluiu André Burger, economista e conselheiro superior do Instituto Liberal.
Em vez de retaliar com mais taxação, o Brasil deveria buscar medidas que beneficiem a população, como facilitar a entrada de turistas estrangeiros e promover o aumento da renda para todos os brasileiros.
Fonte: revistaoeste