
Em entrevista concedida nesta quarta-feira (5 de fevereiro de 2025) às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, o presidente Lula descartou a possibilidade de privatizar a Cemig (CMIG4) caso o governo de Minas Gerais a ofereça à União como pagamento de dívidas.
Apesar da negativa quanto à Cemig, o presidente deixou claro que o governo federal está aberto à privatização de outras empresas.
"Se a Cemig é importante para o povo mineiro, você acha que vou assumir a responsabilidade de assumir a empresa para privatizá-la? Se é para privatizá-la, que Minas Gerais a venda, pague o governo e depois privatizam. Mas eu não vou fazer isso. E tem outras empresas que podemos fazer. Mas queremos analisar cada empresa, caso a caso." concluiu o presidente Lula.
A declaração do presidente Lula gera incertezas no mercado sobre o futuro da Cemig e levanta questionamentos sobre quais outras empresas estariam na mira do governo para processos de privatização. A postura do presidente contradiz expectativas de alguns setores do mercado, que viam a possibilidade de federalização como um passo para a privatização da empresa.
A declaração do presidente Lula é crucial para o futuro da Cemig e para os investidores que acompanham o caso de perto. A decisão de não assumir a responsabilidade de privatizar a empresa pelo governo federal transfere a responsabilidade para o governo de Minas Gerais, caso este deseje prosseguir com a privatização.
O posicionamento de Lula demonstra uma abordagem seletiva em relação à privatização de empresas estatais, privilegiando uma análise caso a caso e considerando a importância estratégica de cada empresa para a população. Resta observar quais serão as empresas selecionadas pelo governo para o processo de privatização.
Vale ressaltar a importância da Cemig para o estado de Minas Gerais e sua relevância no setor de energia. A decisão do governo federal de não assumir a responsabilidade pela privatização da empresa poderá gerar debates e discussões sobre o futuro do setor de energia no Brasil.
O mercado financeiro acompanha de perto os desdobramentos desta decisão, buscando entender as implicações para os investimentos e para a economia brasileira. A incerteza gerada pela declaração presidencial reforça a necessidade de mais informações sobre a estratégia do governo em relação às privatizações.
Fonte: Infomoney