O Banco Central (BC) tem se mostrado preocupado com o aumento das fraudes no sistema Pix. O manual operacional do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) define fraudes como transações iniciadas ou autorizadas por engano, sem autorização, por terceiros não reconhecidos, ou sob coerção.
Para mitigar os riscos, o BC tem implementado novas ferramentas de segurança e aprimorado as existentes desde 2021. Entre as medidas, destacam-se o limite noturno para transferências, o cadastro prévio de contas para valores elevados e um período de espera de 24 horas para aprovação de aumentos de limite.
Em outubro deste ano, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) terá autoatendimento para facilitar a solicitação de devoluções em casos de golpes e crimes. Anteriormente, era necessário contato direto com os bancos.
Adicionalmente, o BC realizou uma fiscalização rigorosa na abertura de contas digitais para combater o uso de contas-laranja no escoamento de recursos ilícitos, resultando em um sistema de compartilhamento de dados sobre fraudes que vai além do Pix.
Desde o final do ano passado, transações via Pix em dispositivos não cadastrados têm limite de R$ 200, com teto diário de R$ 1.000. Dispositivos cadastrados podem ter limites maiores.
O setor financeiro defende punições mais rigorosas, como o banimento do sistema por cinco anos para clientes que emprestam contas para atividades criminosas, exceto para recebimento de salários e benefícios governamentais.
Há também uma pressão para punir individualmente os dirigentes de instituições com altos índices de fraudes, incentivando o reforço das ferramentas de segurança internas.
"Essa agenda 'paralela' a das novas funcionalidades vem desde pelo menos 2021."
Apesar dos esforços do Banco Central e das instituições financeiras, o aumento das fraudes no Pix continua sendo um desafio constante, exigindo medidas adicionais e aprimoramento contínuo dos mecanismos de segurança.
Fonte: infomoney
