Em Paris, um ato público marcou a defesa de Marine Le Pen, líder da direita francesa, após sua condenação por desvio de verbas públicas. A decisão judicial a impede de concorrer às eleições presidenciais de 2027, gerando intensos debates e manifestações.
Apoiadores de Le Pen exibiram cartazes e vestiram camisetas com mensagens de apoio, comparando sua situação com a de Donald Trump, que também enfrentou condenações judiciais. Alice Triquet, uma bartender de 26 anos, expressou indignação com o caso.
"O sistema não está quebrado ? está manipulado. Se eles podem fazer isso com ela, o que os impede de fazer com qualquer um que pense diferente?"
Partidos de esquerda organizaram uma manifestação em resposta, defendendo o Estado de Direito. Marine Tondelier, líder do Partido Verde, enfatizou a importância de defender a justiça contra aqueles que a consideram opcional.
O recurso de Marine Le Pen contra a sentença será julgado no próximo ano, o que pode influenciar o cenário político francês. Apesar da inelegibilidade, uma pesquisa do instituto Ifop aponta que Le Pen lidera as intenções de voto para a eleição presidencial de 2027, com 36%.
Com a inelegibilidade de Le Pen, Jordan Bardella, atual presidente do Reagrupamento Nacional, pode substituí-la no pleito presidencial. Cerca de 90% dos aliados e simpatizantes do partido expressam o desejo de que Bardella assuma a candidatura, enquanto 87% mantêm o apoio à deputada.
"Vinte e nove foi um dia sombrio para a França." afirmou Bardella, referindo-se à data da condenação de Le Pen.
O evento e as manifestações refletem a crescente tensão política na França, com reações tanto de apoio quanto de oposição à condenação de Marine Le Pen.
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