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Cármen Lúcia

Brasil vive guerra contra as mulheres, diz ministra sobre violência


A ministra CĂĄrmen LĂșcia (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou a situação de violĂȘncia observada no paĂ­s ao longo de 2024 como uma guerra contra as mulheres. A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (28), em São Paulo, durante discurso no SeminĂĄrio Democracia, Justiça, PolĂ­tica e o Futuro do Ministério PĂșblico, Perspectiva Feminina, na capital paulista.

Promovida pela Escola Superior do Ministério PĂșblico de São Paulo (ESMPSP), a iniciativa encerra as comemorações do mĂȘs da mulher e é realizada na sede do Ministério PĂșblico ao longo do dia. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, também participou do evento.

ViolĂȘncia

"No ano passado, em 2024, o Brasil teve 20 milhões de notificações de violĂȘncia contra a mulher, notificações de ameaça ao feminicĂ­dio. Vinte milhões [representam] praticamente 10% da população brasileira sofrendo algum tipo de violĂȘncia fĂ­sica, psicológica, econômica e polĂ­tica. Isto é uma guerra contra as mulheres", lamentou a ministra.

"HĂĄ guerras que não violentaram 20 milhões de pessoas no espaço de um ano. O Brasil não apenas notificou, divulgou, todo mundo acha um absurdo, mas eu não vi desde a divulgação no fim de janeiro nenhuma medida especĂ­fica direcionada a mudar este quadro", observou.

A ministra afirmou que "não é todo mundo que é a favor da igualdade, todo mundo que fala da igualdade, mas é mentira que todo mundo é a favor. Se fosse, o quadro não seria este que nós observamos".

"Se todo mundo estĂĄ a favor de que é preciso que todos os seres humanos sejam iguais na sua dignidade e Ășnicos na sua identidade, por que nós mulheres somos a maioria do eleitorado e somos sub representadas, somos dos paĂ­ses com pior representação nos espaços da polĂ­tica? Somos a maior parte da população brasileira, mas nos cargos de comando e decisão, somos uma minoria significativa", assegurou a ministra.

Desafios

A finalidade do seminĂĄrio é fomentar o debate sobre os desafios contemporâneos do Ministério PĂșblico na perspectiva feminina, destacando a importância do respeito ao princĂ­pio da igualdade e o desenvolvimento de polĂ­ticas pĂșblicas para criar um ambiente favorĂĄvel à participação feminina em todas as esferas de poder.

A ministra do STF abordou a situação de desigualdade de gĂȘnero também nas carreiras do sistema de Justiça. "Nas faculdades de Direito, hoje a maioria é de mulheres, não é de homens. Nos concursos, nas primeiras etapas da magistratura, no Ministério PĂșblico, somos a maioria. Por que nos espaços, no entanto, de tribunais, nós somos a minoria? Por que no Ministério PĂșblico nós temos procuradores e não temos procuradoras?", questionou a ministra.

AgĂȘncia Brasil

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