Promovida pela Escola Superior do Ministério PĂșblico de São Paulo (ESMPSP), a iniciativa encerra as comemorações do mĂȘs da mulher e é realizada na sede do Ministério PĂșblico ao longo do dia. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, também participou do evento.
ViolĂȘncia
"HĂĄ guerras que não violentaram 20 milhões de pessoas no espaço de um ano. O Brasil não apenas notificou, divulgou, todo mundo acha um absurdo, mas eu não vi desde a divulgação no fim de janeiro nenhuma medida especĂfica direcionada a mudar este quadro", observou.
A ministra afirmou que "não é todo mundo que é a favor da igualdade, todo mundo que fala da igualdade, mas é mentira que todo mundo é a favor. Se fosse, o quadro não seria este que nós observamos".
"Se todo mundo estĂĄ a favor de que é preciso que todos os seres humanos sejam iguais na sua dignidade e Ășnicos na sua identidade, por que nós mulheres somos a maioria do eleitorado e somos sub representadas, somos dos paĂses com pior representação nos espaços da polĂtica? Somos a maior parte da população brasileira, mas nos cargos de comando e decisão, somos uma minoria significativa", assegurou a ministra.
Desafios
A finalidade do seminĂĄrio é fomentar o debate sobre os desafios contemporâneos do Ministério PĂșblico na perspectiva feminina, destacando a importância do respeito ao princĂpio da igualdade e o desenvolvimento de polĂticas pĂșblicas para criar um ambiente favorĂĄvel à participação feminina em todas as esferas de poder.
A ministra do STF abordou a situação de desigualdade de gĂȘnero também nas carreiras do sistema de Justiça. "Nas faculdades de Direito, hoje a maioria é de mulheres, não é de homens. Nos concursos, nas primeiras etapas da magistratura, no Ministério PĂșblico, somos a maioria. Por que nos espaços, no entanto, de tribunais, nós somos a minoria? Por que no Ministério PĂșblico nós temos procuradores e não temos procuradoras?", questionou a ministra.
AgĂȘncia Brasil