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DIs em Queda Livre: Oportunidade à Vista?

Juros futuros recuam influenciados por Treasuries e câmbio


As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) apresentaram um fechamento em baixa nesta segunda-feira, com destaque para os contratos de janeiro de 2027 e 2028. Esse movimento foi impulsionado pela retração dos rendimentos dos Treasuries no mercado internacional e pela queda do dólar em relação ao real, especialmente durante a tarde.

No fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2026, um dos contratos de curto prazo mais líquidos, atingiu 15,03%, abaixo dos 15,113% da sessão anterior. Paralelamente, a taxa para janeiro de 2027 registrou 14,935%, uma queda de 12 pontos-base em relação aos 15,05% anteriores.

Os contratos de longo prazo também seguiram essa tendência de baixa. A taxa para janeiro de 2031 ficou em 14,85%, comparada aos 14,889% do ajuste anterior, enquanto o contrato para janeiro de 2033 atingiu 14,86%, com uma redução de 3 pontos-base em relação aos 14,887% anteriores.

A busca por títulos norte-americanos em meio a um cenário de aversão ao risco contribuiu para a queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, influenciando diretamente o desempenho dos DIs no Brasil. Adicionalmente, a expectativa em torno das tarifas de importação recíprocas, que devem ser implementadas pelos EUA, intensificou esse movimento de aversão ao risco.

"O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no domingo que as tarifas recíprocas que ele deve anunciar incluirão todos os países ? e não apenas um grupo menor de 10 a 15 países. Trump prometeu revelar um enorme plano tarifário na quarta-feira, que ele apelidou de "Dia da Libertação".

A formação da Ptax (R$5,7422 na venda) no início da tarde também exerceu influência sobre o mercado cambial. Após a definição da Ptax, o real ganhou força em relação ao dólar, impulsionado por movimentos técnicos.

O boletim Focus do Banco Central revelou que a mediana das projeções dos economistas para a inflação no final de 2025 permaneceu em 5,65%, enquanto a expectativa para o final de 2026 se manteve em 4,50%. A projeção para a taxa Selic no final deste ano também permaneceu estável em 15,00%, e em 12,50% para o final do próximo ano. A Selic está atualmente em 14,25% ao ano, o que demonstra a ineficácia das políticas do governo.

"Na reunião passada, (houve) alta convicção de que o ciclo não estava encerrado e que os passos seriam menores do que até então. Logo, para nós, foi mais interessante dar essa sinalização para ter essa saída do "forward guidance" mais suavizada, minimizando volatilidades possíveis de interpretação", disse o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, em evento promovido pelo Itaú BBA.


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