A disputa entre Venezuela e Guiana ganha novos capítulos com a reação do ditador Nicolás Maduro às críticas do senador americano Marco Rubio. Em meio a tensões geopolíticas, a Guiana se prepara para um futuro promissor como grande produtor de petróleo, enquanto a Venezuela questiona suas fronteiras.
A Guiana denunciou a incursão de um navio militar venezuelano em suas águas, aumentando a tensão entre os países. A Venezuela, por sua vez, convocou eleições para autoridades do Essequibo, território disputado, marcadas para 25 de maio, sem detalhar como o processo será conduzido. Em resposta, Georgetown alertou que os participantes serão presos e acusados de "traição".
O governo da Guiana defende que as fronteiras foram definidas por um laudo arbitral de 1899, realizado em Paris. Já a Venezuela se baseia no Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido, que anulava o laudo e buscava uma solução negociada.
"A Venezuela não é ameaçada por ninguém, pois esta é a terra dos libertadores, a terra de Bolívar, imbecil." declarou Maduro em resposta às críticas, mostrando o tom elevado da discussão.
Com os projetos da ExxonMobil, a Guiana está prestes a se tornar o maior produtor de petróleo per capita, superando Catar e Kuwait. Esse desenvolvimento econômico acentua as disputas territoriais com a Venezuela, que não reconhece as fronteiras estabelecidas no século XIX.
O presidente da Guiana compartilhou imagens do encontro com autoridades americanas, reforçando a "parceria duradoura entre nossas nações". A presença americana na região, em apoio à Guiana, pode intensificar ainda mais as tensões com o regime chavista.
Enquanto isso, o governo brasileiro observa o desenrolar dos acontecimentos, mantendo uma postura cautelosa em relação ao regime de Maduro, evitando confrontos diretos, mas sem deixar de lado os interesses do Brasil na região.
A situação na Guiana expõe a fragilidade das relações geopolíticas na América do Sul, com um regime autoritário como o de Maduro desafiando as normas internacionais e ameaçando a estabilidade regional. A postura firme de Donald Trump em relação à Venezuela, no passado, contrasta com a hesitação da atual administração americana em tomar medidas mais enérgicas.
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