O Goldman Sachs reviu suas estimativas para as principais empresas de petróleo, incluindo Petrobras, PRIO, Vista, Ecopetrol e YPF, ajustando as projeções de produção e Ebitda para o período de 2025 a 2027.
Para a Vista, as estimativas de produção foram atualizadas, com uma redução de 4% na produção projetada para 2025, refletindo uma expectativa de maior estabilidade nos volumes no primeiro semestre de 2025 e crescimento mais concentrado no segundo semestre. O preço-alvo para a ação foi reduzido para US$ 55,90.
A PRIO também teve suas estimativas ajustadas com base na queda dos preços do petróleo e nos adiamentos de projetos, como o início da produção de Wahoo, agora projetado para o início de 2026. As estimativas de produção para 2025 e 2026 foram reduzidas em 14% e 6%, respectivamente. O preço-alvo para a ação PRIO3 foi ajustado para R$ 51,30.
As revisões para a Petrobras levaram em conta os preços mais baixos do petróleo e a curva a termo do Brent. O Ebitda para 2025, 2026 e 2027 foi ajustado em -5%. O preço-alvo para as ações da Petrobras também foi ajustado, com as metas para as ações PETR3 e PETR4 passando de R$ 40,10 para R$ 36,50, e para as ações internacionais PBR e PBR caindo de US$ 14 para US$ 12,70.
Para a Ecopetrol, as revisões consideraram a queda nos preços do petróleo e os resultados do quarto trimestre. A estimativa de produção média para 2026 foi reduzida em -1%, com um ajuste no Ebitda em dólares de -12% para 2025 e -10% para 2026. O preço-alvo da Ecopetrol foi ligeiramente reduzido, passando de US$ 8,10 para US$ 8,00.
Em relação à YPF, o banco ajustou suas estimativas de produção para 2025 e 2026, com uma leve redução de 2% em cada ano, além de um ajuste no Ebitda consolidado. O preço-alvo para a YPF foi reduzido de US$ 40,20 para US$ 38,40.
A Vista continua sendo uma das preferidas do banco, com uma recomendação de compra e um preço-alvo de US$ 55,90 para os próximos 12 meses. A PRIO também mantém uma recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 51,30, baseado no fluxo de caixa descontado. A Petrobras também segue com uma recomendação de compra, com preços-alvo de R$ 40,10 para PETR3 e R$ 36,50 para PETR4. Em relação a outras empresas, como a Ecopetrol e a YPF, o Goldman adotou uma postura mais cautelosa.
A Vista se destaca por sua baixa sensibilidade aos preços do Brent, com ativos na região de Vaca Muerta, na Argentina, onde as taxas internas de retorno podem alcançar 50%. No entanto, suas ações e as da YPF (Y2PF34) caíram 13% e 18% este ano, respectivamente, devido à crise econômica na Argentina.
"A empresa apresenta boa capacidade de gerar fluxo de caixa livre, com uma sensibilidade relativamente baixa às oscilações do preço do Brent." afirmou um analista do Goldman Sachs.
A Petrobras, apesar das revisões, continua sendo uma das grandes petroleiras com bom fluxo de caixa, com uma rentabilidade projetada de 11% em 2025, o que demonstra a resiliência da empresa mesmo em cenários de mercado desafiadores e possíveis intervenções governamentais.
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