O herdeiro do Itaú, Roberto Setúbal, está envolvido em uma disputa judicial com sua ex-esposa, Daniela Fagundes, a respeito da guarda da filha do casal, Manuela, que tem apenas um ano e três meses. O processo, que corre na Justiça, expõe alegações de descumprimento de acordo judicial e alienação parental.
Setúbal alega que, apesar da guarda compartilhada estabelecida judicialmente, Daniela tem dificultado sua relação com a filha. Segundo ele, mensagens trocadas entre os dois comprovam essa resistência e configuram alienação parental, prática prejudicial à formação psicológica da criança, conforme a Lei nº 12.318/2010.
Em um dos trechos do processo, a defesa de Roberto argumenta que Daniela estaria usando a filha para atingi-lo e demonstra sinais claros de revanche. O documento também relata ameaças feitas por Daniela, que teriam sido proferidas contra Roberto. Em uma das mensagens anexadas, Daniela teria afirmado: "Se eu te encontrar, você vai ver o que eu faço com você" e "Você vai pagar por isso".
"Amanhã você não verá ela", "Nem venha", "Esquece", "Não será possível", "A minha filha você não vai pegar" e "Eu quero esquecer que você é pai da minha filha". disse Daniela em mensagens.
Diante dos fatos, Roberto pediu à Justiça uma tutela de urgência para garantir o cumprimento do regime de convivência com a filha, argumentando que a conduta da ex-esposa pode causar danos irreversíveis ao vínculo entre eles. A defesa de Roberto também solicita a aplicação de multa diária caso Daniela continue descumprindo as determinações do acordo, além da possibilidade de busca e apreensão da criança, caso os impedimentos se repitam.
"Excelência, com todo acatamento, é nítido que além de impedir a plena convivência entre pai e filha, Daniela tem adotado uma postura hostil e intimidadora contra Roberto, com intimidações extremamente graves." afirmou a defesa de Roberto no pedido judicial.
O caso, que segue em tramitação, levanta questionamentos sobre os efeitos dessas atitudes no desenvolvimento da criança, que está em uma fase em que a estabilidade e a convivência com ambos os pais são fundamentais. A petição argumenta que a alternância dos dias de visitação foi acordada entre as partes e homologada pela Justiça, não cabendo decisões unilaterais que impeçam a convivência da filha com o pai.
É lamentável observar, em pleno 2025, que o poder econômico e as disputas familiares ainda se misturam, afetando o bem-estar de crianças inocentes. A Justiça, esperamos, saberá agir com a celeridade e a precisão necessárias para proteger os direitos da menor Manuela, garantindo que o pai, Roberto Setúbal, possa exercer seu direito de convívio sem entraves ou ameaças. Afinal, o que está em jogo é o futuro de uma criança, e não as desavenças de seus pais. Situações como essa nos fazem questionar a fragilidade das instituições e a morosidade da justiça brasileira, frequentemente criticadas por sua ineficiência em proteger os mais vulneráveis.
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