O Ibovespa registrou sua segunda vitória consecutiva, impulsionado pela alta expressiva de empresas como Vale, B3 e CSN. Enquanto isso, nos Estados Unidos, os principais índices enfrentaram perdas superiores a 1%, em um cenário de crescente tensão na guerra comercial.
A situação da Vale ganha destaque em meio às discussões sobre o rompimento da barragem de Fundão. A BHP tem proposto que qualquer pagamento seja realizado somente após 2028, o que é fortemente contestado pela Goodhead.
"A Vale não é uma companhia que está jogando roleta-russa com acionistas. A BHP joga outro jogo, porque não tem o mesmo interesse no Brasil que a Vale tem. Existem grandes e profundas diferenças entre as duas com relação ao interesse de longo prazo que têm no Brasil. O que a gente escuta é que a postura da Vale é mais pragmática e razoável do que a da BHP. Então fica a pergunta: eles estão mesmo alinhados nisso?" disse o advogado Goodhead.
O advogado ainda afirma que, em caso de condenação, buscará a antecipação dos pagamentos, que podem variar entre R$ 1,2 bilhão e um montante equivalente a 50% a 75% da indenização final. A postura da Vale, sob a gestão de Gustavo Pimenta e Alexandre D"Ambrosio, é vista como pragmática e voltada para a solução do problema.
Em resposta, a BHP Brasil reafirmou seu compromisso com a reparação dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, atuando em conjunto com a Vale na busca das melhores soluções para a compensação e reparação.
"Como acionistas da Samarco, a BHP Brasil e a Vale sempre atuaram de forma conjunta e comprometida na busca pelas melhores soluções para a compensação e a reparação dos impactos do rompimento da barragem de Fundão. Desde o início, ambas as empresas têm trabalhado lado a lado, com senso de responsabilidade e espírito de parceria, para garantir que as medidas adotadas sejam eficazes e justas para todas as partes envolvidas." informou a BHP Brasil em nota.
A empresa destacou o Acordo de Reparação, homologado pelo STF em novembro de 2024, como um avanço significativo, proporcionando segurança jurídica e uma solução eficiente para os atingidos. O Programa Indenizatório Definitivo (PID) já recebeu mais de 80 mil requerimentos, demonstrando progresso na reparação, e 26 municípios aderiram ao acordo brasileiro.
A BHP Brasil criticou o processo em andamento no Reino Unido, alegando que ele vende ilusões e trata de questões já resolvidas no Brasil, apresentando um alto grau de incerteza para pessoas, empresas e municípios.
Enquanto a Vale busca soluções pragmáticas e a BHP reforça seu compromisso com a reparação, o Ibovespa se beneficia da alta expressiva de empresas como a Vale, refletindo um cenário complexo e multifacetado no mercado financeiro brasileiro. Resta acompanhar os próximos capítulos dessa disputa judicial e seus impactos no futuro da Vale e da região afetada.
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