A Azzas (ARZZ3) apresentou um desempenho misto no quarto trimestre de 2024, com crescimento de receita, mas margens pressionadas devido a ajustes operacionais pós-fusão com o Grupo Soma. A queima de caixa da empresa foi de R$ 89 milhões, um resultado melhor do que as estimativas anteriores.
O Ebitda da empresa teve uma queda de 10%, refletindo os ajustes pós-fusão, como custos de operação duplos na Reserva e custos de viagem, além de investimentos em branding e na equipe criativa da Farm/NV. O lucro líquido foi impactado por resultados financeiros mais pesados e menores subsídios fiscais.
Apesar dos desafios, a geração de caixa (excluindo M&A) foi positiva em R$ 170 milhões, embora tenha caído 27% na base anual devido a maiores necessidades de capital de giro e investimentos em Capex.
Analistas do BTG Pactual comentaram que o desempenho das ações tem sido influenciado pelas notícias sobre a fusão Arezzo-Grupo Soma e suas sinergias.
"Desde o início do processo de integração, o desempenho das ações tem sido ditado principalmente pelo fluxo de notícias sobre a fusão de Arezzo-Grupo Soma (principalmente as sinergias do negócio) e esperamos que continue assim." comentou o BTG.
O Goldman Sachs destacou o forte crescimento de vendas, mas apontou que a margem da companhia decepcionou devido a ajustes contínuos e investimentos em suporte à marca.
O JPMorgan avaliou que a Azzas divulgou resultados operacionais fracos no trimestre, impulsionados por maior pressão na margem bruta devido a descontos para otimização do portfólio e aumento das despesas com SG&A.
O Itaú BBA manteve recomendação de compra para as ações da Azzas, com preço-alvo de R$ 47, enquanto o BTG Pactual reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 49. O Goldman Sachs também manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 50. Já o JPMorgan manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 41.
Apesar das diferentes avaliações, os analistas concordam que a integração das operações da Arezzo e Soma e a otimização do portfólio são fatores-chave para o desempenho futuro da empresa.
O mercado aguarda os próximos passos da empresa e os resultados das estratégias de sinergias implementadas após a fusão, bem como a resposta do consumidor às novas coleções e investimentos em branding.
O cenário atual, com as análises e recomendações de diferentes bancos, oferece uma visão abrangente sobre o momento da empresa e suas perspectivas no mercado.
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