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Eduardo Bolsonaro

Bolsonaristas reagem: blindagem contra o STF?

Proposta no Congresso quer limitar o poder do judiciário sobre parlamentares.

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Deputado Sóstenes Silva Cavalcante (Maceió, 16 de janeiro de 1975) é um pastor evangélico, teólogo e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal (PL). Está no terceiro mandato como deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro.

Em um cenário de crescente tensão entre os poderes, aliados de Bolsonaro no Congresso Nacional articulam uma proposta para restringir medidas cautelares contra parlamentares. A iniciativa surge em meio a debates acalorados sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e suas decisões recentes.

A proposta, liderada por Sóstenes Cavalcante, visa alterar o Código Penal, impedindo que deputados e senadores sejam alvos de medidas como retenção de passaporte ou uso de tornozeleiras eletrônicas sem a aprovação da respectiva Casa Legislativa. A medida também busca proibir a busca e apreensão em gabinetes parlamentares pela Polícia Federal.

Cavalcante justifica a proposta como uma forma de "reforçar a proteção das prerrogativas parlamentares e garantir o equilíbrio entre os Poderes da República", alegando que a liberdade de locomoção e outros direitos inerentes à atividade parlamentar são direitos fundamentais assegurados pela Constituição.

"a liberdade de locomoção e outros direitos inerentes à atividade parlamentar são direitos fundamentais assegurados pela Constituição e não podem ser restringidos sem o devido processo legal e sem condenação definitiva" - Sóstenes Cavalcante.

A apresentação do projeto ocorre logo após deputados do PT pedirem a apreensão do passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro, o que elevou a temperatura política e intensificou a percepção de que a proposta seria uma resposta a essa ação.

A proposta estabelece que, após a diplomação, deputados e senadores só poderão ser alvos de prisão ou outras medidas cautelares se houver aprovação da Câmara ou do Senado, por maioria absoluta, em até 24 horas após o envio de decisão judicial. Essa medida, segundo seus defensores, visa garantir a imunidade parlamentar e proteger os parlamentares de interferências indevidas em sua atuação política.

Paralelamente, tramita na Câmara a chamada "PEC da Blindagem", que busca reforçar ainda mais a imunidade parlamentar, limitando operações policiais contra deputados e senadores. A proposta tem o apoio de integrantes da oposição, que veem na medida uma forma de proteger o legislativo de possíveis abusos.

A família Bolsonaro tem sido alvo de investigações e ações judiciais, como o recente pedido de investigação criminal e cassação do passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro, acusado de influenciar o posicionamento do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos em relação a decisões da Justiça brasileira.

Além da proposta de alteração do Código Penal, parlamentares alinhados ao ex-presidente também apoiam iniciativas que visam modificar a Lei da Ficha Limpa e reduzir as funções investigativas do Ministério Público, medidas vistas por críticos como um enfraquecimento da legislação brasileira no combate à corrupção.

Essa movimentação no Congresso reflete a busca de aliados de Bolsonaro por mecanismos de proteção contra o que consideram ser excessos do STF, em um momento de polarização política e judicial no país. Resta saber se essas propostas terão o apoio necessário para serem aprovadas e quais serão seus impactos no sistema político e jurídico brasileiro.


Fonte: infomoney

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