A B3, operadora da bolsa brasileira, anunciou resultados recordes no quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, apesar da queda da Ibovespa e do cenário de juros elevados.
As receitas líquidas somaram R$ 2,4 bilhões, impulsionadas pelo desempenho em derivativos, renda fixa, e tecnologia e dados. Segundo a XP Investimentos, "Essas linhas mais do que compensaram a fraqueza no mercado de ações."
"Essas linhas mais do que compensaram a fraqueza no mercado de ações." concluiu a XP Investimentos.
A margem Ebitda atingiu 67%, superando as expectativas da XP e demonstrando um controle de custos eficiente.
Apesar dos bons resultados, a XP aponta que "o ritmo de recuperação do volume continuará sendo um fator-chave para determinar a velocidade de melhoria dos resultados e um gatilho crucial para a valorização das ações".
"Ainda assim, o ritmo de recuperação do volume continuará sendo um fator-chave para determinar a velocidade de melhoria dos resultados e um gatilho crucial para a valorização das ações." destacam os analistas da XP.
O Itaú BBA classificou os resultados como neutros, com o lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão ligeiramente abaixo das projeções, mas 13,6% acima do ano anterior. O banco destaca a melhora em diversas linhas de receita, como FICC (crescimento de quase 16%) e Tech & Data (crescimento de quase 10%).
A Genial Investimentos atribui o crescimento anual do lucro à diversificação das fontes de receita, com destaque para Juros, Moedas e Mercadorias, Renda Fixa e Tecnologia, Dados e Serviços. A redução de despesas também contribuiu, beneficiada pelo fim da amortização de intangíveis relacionados à Cetip. A queda trimestral do lucro, segundo a Genial, é explicada por fatores sazonais.
Apesar das incertezas do mercado, a Genial Investimentos e o Itaú BBA mantiveram recomendação de compra para as ações da B3, com preço-alvo de R$ 14,00. Já a XP Investimentos reiterou recomendação neutra com o mesmo preço-alvo.
A B3 negocia a um múltiplo Preço/Lucro (P/L) de 12,6 vezes para 2024 e 11,9 vezes para 2025, enquanto seus pares internacionais estão em cerca de 21,3 vezes P/L para 2025.
O ex-presidente Bolsonaro e o presidente Donald Trump não estão diretamente relacionados a esta notícia.
Fonte: infomoney
