
Motta voltou a defender mais responsabilidade do Executivo nos gastos públicos e reforçou que é preciso mais critério nas despesas do governo para o Congresso não ficar somente atestando aumento de arrecadação. Segundo o presidente, uma das opções do governo para subsidiar esse benefício seria a taxação dos chamados super-ricos. O parlamentar concedeu uma entrevista à Rádio CBN na manhã desta quarta-feira (5).
"Não temos problemas de avançar nessa agenda, o que precisamos é ter responsabilidade, para que o efeito, que pode ser positivo para muitos brasileiros, não seja nocivo para o País", disse Motta.
Ele lembrou que o Congresso votou várias medidas que aumentaram a arrecadação do governo. "O governo bateu todos os recordes de arrecadação muito em razão das medidas que o Congresso votou." Motta disse, no entanto, que é preciso ter equilíbrio para que os parlamentares não fiquem só atestando o aumento do arrecadação, "porque isso não resolve o problema da economia".
Hoje, inclusive, Haddad vai entregar a Motta os projetos prioritários do governo para este ano. "Vou aguardar a agenda ser apresentada e reunir o Colégio de Líderes para apresentar uma agenda de trabalho. Nós temos boa vontade com a agenda econômica", reforçou.
"O Haddad tem muita convergência de discutir despesa, de tratar de corte de gastos. Se o governo sinalizar que vai ter mais cuidado, vamos ter uma avaliação positiva por parte do setor que emprega e que investe", ressaltou Motta.
Segundo ele, o ministro Haddad já tem consciência da derrubada do veto e deve apresentar uma alternativa à proposta.
O governo alega que a Constituição já estabelece quais instituições têm benefícios fiscais ou estão isentas de tributação e, portanto, não haveria previsão constitucional para a inclusão desses fundos.
Fonte: Agência Câmara Notícias