
O presidente Donald Trump anunciou novas tarifas sobre produtos do México, Canadá e China, gerando instabilidade nos mercados globais. A medida impõe uma taxa de 25% sobre importações do México e Canadá e 10% sobre produtos chineses.
Essa decisão impactou fortemente os mercados. Futuros dos principais índices em Nova York registraram fortes baixas, enquanto a Ásia e a Europa também sentiram os efeitos.
O dólar americano se fortaleceu com a notícia, atingindo a menor cotação desde 26 de novembro de 2024 na sexta-feira. Desde 17 de janeiro, o dólar não fecha um dia em alta.
O Banco Central do Brasil realizará um leilão de contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.
"Essas tarifas são o principal fator de suporte aos preços. A expectativa inicial do mercado é de uma pressão inflacionária no curto prazo, o que também contribui para a alta das cotações." concluiu Bruno Cordeiro, analista da StoneX.
As tarifas americanas, que entram em vigor em 4 de fevereiro, afetarão US$ 1,3 trilhão em produtos, mais de 40% das importações dos EUA. Trump afirmou que conversará com o Canadá e o México antes da implementação das tarifas, mas sinalizou que novas tarifas podem ser impostas à União Europeia.
O Goldman Sachs estima que uma tarifa de 25% eleve o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA em 0,7% e reduza o PIB em 0,4%. A tarifa de 10% sobre produtos energéticos canadenses ameniza o impacto. O banco projeta que uma tarifa de 20% sobre a China eleve o PCE em 0,3%.
Analistas preveem impactos negativos para países emergentes, uma vez que as tarifas favorecem o dólar e podem afetar economias importantes como a China e a União Europeia. Isso pode influenciar negativamente os ativos de países como o Brasil. A inflação brasileira deve ser ligeiramente maior em 2025 e 2026, segundo o Boletim Focus.
A expectativa para o IPCA é de alta de 5,51% para o final de 2025 (aumento de 0,01% em relação à semana anterior), marcando a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção é de 4,28% (alta de 0,06% em relação à semana anterior). O centro da meta do Banco Central é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A notícia destaca Donald Trump, dólar, inflação, mercados e Brasil como palavras-chave.
Fonte: infomoney