
O renomado investidor Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, soou o alarme sobre uma iminente crise sistêmica global. Em análise divulgada nesta segunda-feira (7), Dalio adverte que as recentes turbulências nos mercados são apenas o prenúncio de uma transformação histórica, impulsionada pelo colapso simultâneo das ordens monetária, política e geopolítica.
Segundo Dalio, a raiz do problema reside nos níveis insustentáveis de endividamento global, criando um desequilíbrio perigoso entre países devedores, como os Estados Unidos, e credores, como a China. Essa dinâmica, antes vista como simbiótica, agora se mostra frágil em um mundo que caminha para a autossuficiência.
O investidor também aponta para a desglobalização como um fator de instabilidade, à medida que a interdependência entre as nações diminui e as tensões geopolíticas aumentam. Essa mudança, combinada com a crescente polarização interna e o enfraquecimento da democracia, cria um cenário propício para o surgimento de lideranças autoritárias.
"Se deixar que as manchetes desviem sua atenção dos grandes ciclos que estão em andamento, você perderá o que realmente importa." escreveu Ray Dalio.
No cenário internacional, Dalio observa o declínio da hegemonia americana e a ascensão de uma abordagem unilateral, centrada na doutrina "America First" do presidente Donald Trump. Essa mudança, segundo ele, ameaça a ordem mundial cooperativa liderada pelos EUA e pode ter consequências imprevisíveis.
Além dos fatores econômicos e políticos, Dalio também alerta para o impacto de eventos climáticos extremos e inovações tecnológicas, como a inteligência artificial, que podem amplificar a instabilidade global e gerar novos desafios para a economia e a sociedade.
"Está claro que a ordem monetária terá que mudar de formas profundamente disruptivas para reduzir todos esses desequilíbrios e excessos." falou Ray Dalio.
É evidente que Ray Dalio, com sua vasta experiência e visão estratégica, enxerga um futuro turbulento pela frente. Resta saber se os líderes mundiais estarão à altura do desafio e serão capazes de evitar o colapso anunciado.
Fonte: infomoney