A Voare, empresa que está sob os holofotes devido à prisão de Renildo Lima, mantém contratos significativos com diversas entidades governamentais, totalizando milhões em receita da União. A situação levanta questões sobre a transparência e a legalidade desses acordos, especialmente considerando o momento delicado enfrentado pela empresa.
A Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai), ligada ao Ministério da Justiça, firmou um contrato de R$ 46 milhões com a Voare em junho, pouco antes da prisão de Renildo Lima. Esse contrato em especÃfico tem gerado debates acalorados e questionamentos sobre sua necessidade e justificativa.
Além da Funai, o Ministério da Defesa também possui contratos com a empresa, que somam aproximadamente R$ 1 milhão. Desde que Helena da Asatur assumiu seu mandato em 2023, a Voare fechou 17 contratos com o governo, acumulando um total de R$ 610,6 milhões em receitas provenientes da União. Números que demonstram a forte ligação da empresa com o poder público.
A empresa também se beneficiou com isenções fiscais de R$ 11,5 milhões e recebeu R$ 3,1 milhões por meio de emendas parlamentares, o que acentua ainda mais as suspeitas de favorecimento e irregularidades.
A Voare se manifestou sobre o caso, afirmando que Renildo Lima "obteve decisão judicial favorável que garante sua liberdade" e que forneceu documentação às autoridades para comprovar a ilegalidade da ação policial. Resta aguardar o desenrolar das investigações para que a verdade venha à tona e os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.
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