O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (4) que participarĂĄ do ato polĂtico convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo governador de São Paulo, TarcĂsio de Freitas (PL), em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. A manifestação estĂĄ marcada para este domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, e é voltada a apoiar os acusados pela supostas tentativa de golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito.
Em publicação nas redes sociais, Lima afirmou: "À convite de Jair Bolsonaro e TarcĂsio Freitas, estarei no ato da avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo, em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro".
A decisão do governador chama atenção não apenas pelo conteĂșdo polĂtico do evento — criticado por setores por tentar relativizar "crimes contra o Estado de Direito" —, mas também por ocorrer dias após ele ter informado estar em isolamento por motivos de saĂșde. Na Ășltima terça-feira (1Âș), Wilson Lima alegou ter sido diagnosticado com Covid-19 e Influenza, o que o impediu de participar da inauguração do Centro de Tecnologia, Desenvolvimento e Inovação (CTDI) do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), em Manaus, um evento que contou com a presença do Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e anunciou investimentos de R$ 296 milhões para o estado.
Além disso, o lançamento do 58Âș Festival Folclórico de Parintins — considerado um dos maiores eventos culturais do Amazonas — também foi adiado, oficialmente por conta do quadro de saĂșde do governador.
A rĂĄpida recuperação de Lima, portanto, levanta questionamentos sobre suas prioridades e compromissos com a agenda institucional do estado frente a sua adesão a atos de viés polĂtico-ideológico.
O ato de domingo marca mais um capĂtulo na tentativa de reescrever a narrativa sobre as manifestações de 8 de janeiro, que deixaram um rastro de destruição nas sedes dos TrĂȘs Poderes em BrasĂlia e resultaram em centenas de prisões e investigações em curso.
Enquanto setores da sociedade cobram justiça e responsabilização, figuras pĂșblicas como Wilson Lima preferem defender a anistia — levantando debates sobre impunidade e respeito às instituições democrĂĄticas.
Embora qualquer pessoa de bom senso percebe que hĂĄ uma total influĂȘncia de narrativas de insatisfação sobre essas pessoas que lĂĄ estavam e que representavam outros milhões de brasileiros que se achavam prejudicados pelos resultados das eleições. Ningém em juĂzo perfeito iria fazer o que foi feito, se tivessem clareza por alguma lei que poderiam correr qualquer risco penal e criminal que chegasse em 14 anos, 17 anos ou mais anos de reclusão. HĂĄ diversos vĂdeos de pessoas que lĂĄ estavam, afirmando que tinham pessoas infiltradas junto ao movimento, com intenções não pacĂficas, que não representavam a maioria dos manisfetantes, sendo alguns desses detitos pelos próprios manifestantes. Quem quebrou o patrimônio e causou algum dano precisa ser responsabilizado individualmente ou mesmo quem arquitetou ou mesmo quem deixou de agir, como todas as forças de segurança pĂșblica do Brasi de todos os nĂveis, federal, estadual, inteligĂȘncia e etc, poderiam e deveriam agir e evitar. Impossivel essas forças não ficarem sabendo de um evento que foi amplamente anunciado pelas midias sociais e imprensa. Sinceramente parece que as forças de segurança deixaram de próposito ou até mesmo parece que esses manifestantes foi atratidos para uma veradeira armadilha. Se as forças de segunraça sabiam e não agiram antecipadamente, falharam! O que não pode é responsabilizar um coletivo por uma manifestação, quando outras forças polĂticas também realizaram esse mesmo movimento, incluindo quebradeiras e atos violentes e nada foi feito pela justiça.
A CrĂtica