
O governo de Netanyahu enfrenta um momento de turbulência com a recente renúncia de Bezalel Smotrich, um influente membro ligado ao sionismo religioso. A decisão de Smotrich, embora não indique um rompimento total com o premiê, expõe as tensões e disputas internas que ameaçam a estabilidade da coalizão governista em Israel.
Nos bastidores, a situação é de crescente competição entre os partidos que compõem a base aliada. A saída de Smotrich se soma a outras crises que já haviam abalado a aliança, colocando em xeque a capacidade de Netanyahu de manter o controle sobre a situação. A sobrevivência do governo agora depende da habilidade do premiê em equilibrar as ambições pessoais e os interesses ideológicos dos diferentes grupos que o apoiam.
Apesar do abalo, a base aliada ainda demonstra sinais de sustentação ao governo, como evidenciado pela recente aprovação do orçamento de 2025 pelo Parlamento. Esse gesto indica que, pelo menos por enquanto, Netanyahu mantém o controle da coalizão.
"A renúncia não indica rompimento com o premiê."
Apesar da tensão, Smotrich continua alinhado ideologicamente ao governo. Sua saída foi uma manobra estratégica para exercer pressão sem abrir mão de sua influência nas discussões econômicas e conservadoras.
Enquanto isso, a influência de Smotrich no gabinete indica um movimento do governo para a direita, desafiando os limites dos acordos políticos costurados por Netanyahu.
A situação é delicada e exige habilidade política de Netanyahu para evitar que a instabilidade comprometa os pilares de sua gestão. Resta saber se o premiê conseguirá encontrar o equilíbrio necessário para manter a coalizão unida e evitar o colapso do governo. A conferir.
Fonte: revistaoeste