A Eletrobras (ELET3; ELET6) e o governo federal firmaram um acordo de conciliação para finalizar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que tratava do limite de poder de voto da União na companhia. A informação foi divulgada pela Eletrobras nesta quarta-feira.
Com o acordo, o governo federal agora tem a prerrogativa de indicar três nomes para o conselho de administração da elétrica, marcando a primeira grande mudança no colegiado desde o processo de privatização. A medida anterior havia diminuído a influência do Estado nas decisões da empresa.
A questão do poder de voto era considerada um fator de risco para a empresa, impactando o valor de suas ações na bolsa de valores. Os termos finais do acordo, que foram divulgados no mês passado, permitem que a Eletrobras se desvincule de diversas obrigações relacionadas aos negócios de geração nuclear, nos quais permaneceu como sócia minoritária através da Eletronuclear.
Adicionalmente, a Eletrobras informou que está perto de formalizar um acordo para suspender as obrigações de investimentos na usina de Angra 3, que ainda não foi concluída. Ambos os temas serão levados para a assembleia de acionistas, agendada para o final de abril.
Os termos finais do acordo, divulgados no mês passado, permitem que a companhia deixe de ter várias obrigações ligadas aos negócios de geração nuclear, dos quais continuou como sócia minoritária via Eletronuclear.
Essa decisão marca um importante passo para a União, que busca aumentar sua influência em setores estratégicos da economia, mesmo após a privatização da Eletrobras. Resta saber como essa nova configuração impactará as decisões futuras da companhia e seu desempenho no mercado.
Fonte: infomoney
