A revista The Atlantic divulgou um histórico de mensagens trocadas por autoridades do governo Trump no aplicativo Signal, expondo detalhes sobre planos militares dos EUA contra alvos Houthi no Iêmen. A divulgação inclui capturas de tela de conversas que revelam informações sensíveis, como os horários exatos de decolagens de jatos americanos.
O grupo de mensagens foi criado por Michael Waltz, conselheiro de segurança nacional, e incluía figuras como John Ratcliffe, então diretor da CIA, e Tulsi Gabbard, diretora de inteligência nacional. O editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi adicionado ao grupo por engano, obtendo acesso às mensagens.
A revista publicou a íntegra do material após o governo afirmar que não havia informações classificadas nas conversas, removendo apenas o nome de um agente da CIA a pedido da agência.
O caso ganhou destaque após a divulgação de mensagens do ex-secretário de Defesa, Pete Hegseth, que confirmou o lançamento da missão:
"O clima está FAVORÁVEL. ACABEI DE CONFIRMAR com o CENTCOM que estamos prontos para o lançamento da missão." Centcom, ou Comando Central, é o comando de combate militar para o Oriente Médio.
Hegseth ainda compartilhou detalhes cruciais:
"Inicia a janela de 1° ataque do F-18 "baseada em gatilho" (o terrorista alvo está em sua localização conhecida, então DEVE CHEGAR NA HORA - também, lançamento de drones de ataque (MQ-9s)". Hegseth, ex-secretário de defesa.
Desde 15 de março, os EUA têm realizado ataques diários contra os Houthis, mas o Pentágono não tem atualizado os dados oficiais desde o dia 17.
A Comissão de Inteligência da Câmara dos EUA convocou Ratcliffe e Gabbard para depor. A crise pode reabrir o debate sobre o uso de aplicativos pessoais por autoridades para tratar de temas sensíveis e a eficácia da nova estratégia militar dos EUA no Oriente Médio.
Este incidente levanta questões sobre a segurança das comunicações e a possível negligência na proteção de informações classificadas, especialmente em um governo conhecido por suas políticas de linha dura em relação à segurança nacional.
Fonte: infomoney
