
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um aliado de longa data de Bolsonaro, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permissão para visitar o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa, que se encontra detido desde dezembro de 2024.
Cavalcante justificou o pedido com base em sua amizade com Braga Netto, afirmando que ambos são amigos íntimos há muitos anos. O general está preso preventivamente em um quartel na Vila Militar, no Rio de Janeiro, por suposta obstrução de justiça, conforme solicitação da Polícia Federal (PF) e autorização de Moraes.
"Solicito, por meio deste, pedido de visita ao General da Reserva Sr. Walter Souza Braga Netto, recluso preventivamente na 1ª Divisão do Exército, subordinada ao Comando Militar do Leste, localizada na Vila Militar, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro/RJ, com fulcro no artigo 41 da Lei de Execução Penal (Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984), haja vista que somos amigos íntimos há muitos anos", escreveu Sóstenes Cavalcante na solicitação.
Braga Netto é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, nas quais concorreu como vice na chapa de Jair Bolsonaro.
A PF alega que Braga Netto incentivou a ação golpista e ordenou ataques contra militares que se opunham à trama, além de financiar oficiais das Forças Especiais do Exército para atentar contra autoridades.
A Primeira Turma do STF iniciou o julgamento da denúncia contra Bolsonaro, Braga Netto e outros aliados, rejeitando preliminares apresentadas pelas defesas. O colegiado deve decidir se os acusados se tornarão réus no processo.
O advogado de Braga Netto questionou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, durante a sessão, e solicitou a anulação do acordo, alegando que Cid teria mentido e que a colaboração foi firmada sem a aprovação do Ministério Público Federal.
Fonte: infomoney