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Conflito no Oriente Médio

Em meio à ofensiva de Israel, Hamas convoca protestos pela Palestina

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) convocou para as próximas sexta-feira (28), sábado (29) e domingo (30) protestos em todo o mundo em solidariedade ao povo palestino e em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia ocupadas.


O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) convocou para as próximas sexta-feira (28), sábado (29) e domingo (30) protestos em todo o mundo em solidariedade ao povo palestino e em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia ocupadas.

Em nota publicada nesta terça-feira (25), o grupo palestino pede ainda a condenação ao apoio que os Estados Unidos (EUA) têm dado às ações militares de Israel.

"Apelamos às massas de nossas nações árabes e islâmicas, aos povos livres do mundo e a todos aqueles que defendem a justiça e a liberdade para ver a próxima sexta-feira, sábado e domingo como uma oportunidade para aumentar a pressão sobre a ocupação para parar seus ataques e acabar com o cerco e a matança de civis desarmados, incluindo crianças e mulheres. Isso também é para expor o apoio dos EUA à guerra genocida da ocupação contra nosso povo", escreveu, em nota, o Hamas.

Israel quebrou o acordo de cessar-fogo instituído no dia 19 de Janeiro e retomou os ataques à Gaza no último dia 18 de março, causando a morte de, ao menos, 800 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

Nessa segunda-feira (24), foram assassinados os jornalistas da rede de TV Al Jazerra, do Qatar, Hossam Shabat, e da TV Palestine Today, Mohammad Mansour, que cobriam a guerra em Gaza.

Também nesta segunda-feira, o cineasta palestino Hamdan Ballal, vencedor do Oscar 2025 de melhor documentário com No Other Land (Sem outra terra, em tradução livre), foi agredido por colonos israelenses na Cisjordânia e posteriormente preso por militares de Israel.

A escalada da violência, o que inclui o ataque ou destruição de hospitais em Gaza, fez o Hamas apelar aos protestos para pressionar os Estados ao redor do mundo para que pressionem Israel para encerrar os ataques.

Segundo o Hamas, "o total apoio e cumplicidade da administração dos EUA, juntamente com o silêncio da comunidade internacional", exigem uma mobilização popular contra a guerra.

"Apelamos para uma escalada e continuação de todas as formas de protestos e marchas de solidariedade em todos os centros, cidades e capitais do mundo. Todos os meios possíveis devem ser usados para quebrar o cerco, parar as mortes e acabar com a fome", diz o comunicado.

O grupo palestino que atua em Gaza pediu ainda aos governantes das nações árabes e islâmicas que assumam suas responsabilidades históricas "pois o inimigo sionista está cometendo os crimes mais hediondos contra a terra, o povo e os locais sagrados da Palestina".

Fim do cessar-fogo

O Hamas acusa o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de abandonar as negociações para retomar a guerra contra Gaza. Já Netanyahu defende que o Hamas é que estaria dificultando as negociações para a entrega dos reféns feitos no dia 7 de outubro de 2023.

Em comunicado dirigido à população civil de Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, deu um ultimato aos moradores palestinos ameaçando-os com "destruição total" caso não removam o Hamas de Gaza e não entreguem os reféns. Chegou ainda a prometer anexar territórios de Gaza caso os reféns não fossem entregues e o Hamas eliminado.

A atual fase do conflito Israel-Palestina começou após o Hamas promover um ataque contra vilas israelenses no sul do país, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo 250 reféns, em resposta ao cerco de mais de 17 anos contra Gaza e à ocupação dos territórios palestinos, situação considerada ilegal pelo direito internacional.

Em resposta ao ataque do Hamas, Israel iniciou bombardeios sem precedentes contra Gaza e diversas ações militares na Cisjordânia que já mataram mais de 50 mil palestinos. Desses, cerca de 18 mil assassinatos foram de crianças.

Agência Brasil

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