O dólar comercial fechou em alta, refletindo tensões no mercado financeiro. A moeda foi impactada por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o arcabouço fiscal e por anúncios do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre novas tarifas.
Inicialmente, o dólar atingiu a mínima de R$5,7027, mas logo reverteu a trajetória após os comentários de Haddad, alcançando a máxima de R$5,7734. A reação do mercado refletiu uma interpretação de que o ministro estaria abrindo espaço para mudanças no arcabouço fiscal.
"Tivemos logo de manhã um pouco de fala do Haddad que acabou trazendo ruídos para o mercado, dado que ele falou bastante sobre a questão do arcabouço, que vai perseguir, que não se muda a arquitetura, mas que talvez possa mudar ou ajustar alguma coisa. Então o mercado ficou um pouco nervoso nesta abertura." afirmou Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
Haddad, em resposta, utilizou suas redes sociais para negar qualquer intenção de distorcer o arcabouço fiscal, reafirmando o compromisso do governo com as metas estabelecidas.
"Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo", afirmou Haddad em publicação no X.
Além das questões fiscais internas, o mercado também reagiu às notícias vindas dos Estados Unidos. Trump anunciou a iminente imposição de tarifas sobre automóveis, alumínio e produtos farmacêuticos, gerando incertezas no comércio internacional.
O Boletim Focus do Banco Central indicou uma leve melhora na projeção para o dólar no fim de 2025, caindo de R$5,98 para R$5,95, marcando a segunda queda semanal consecutiva. Apesar disso, o cenário permanece volátil, com investidores atentos aos próximos desdobramentos da política fiscal e comercial.
Este cenário de incertezas, tanto no Brasil quanto nos EUA, tem mantido o mercado em compasso de espera, com investidores buscando proteger seus ativos em meio às turbulências. A postura do governo Lula em relação ao controle dos gastos públicos será determinante para a estabilidade econômica, assim como as decisões de Trump em relação ao mercado global.
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