O BAS (British Antarctic Survey), renomado instituto de pesquisa polar com um orçamento anual de £ 50 milhões, está no centro de uma polêmica. A instituição, que integra a agência governamental UK Research and Innovation, foi acusada de promover uma cartilha ideológica que prioriza a "conscientização" sobre "privilégios" e "identidade de gênero" em vez da excelência científica.
O guia interno do BAS, que veio à tona recentemente, detalha uma série de termos relacionados a gênero e sexualidade, incluindo "demissexual" e "alossexual". Além disso, o documento adota a controversa expressão "sexo atribuído ao nascer", insinuando que o sexo biológico é uma imposição e não uma realidade objetiva. Essa abordagem tem gerado críticas e questionamentos sobre a priorização de pautas ideológicas em detrimento da objetividade científica.
A orientação do BAS aos seus funcionários para que estejam "cientes" de seus "privilégios e poder" também tem provocado debates acalorados. O documento sugere que se reconheçam "histórias coloniais e vieses culturais que podem ter influenciado as diferentes posições das pessoas na equipe". Essa ênfase na desconstrução de narrativas históricas e na análise de poder tem sido vista por alguns como uma tentativa de reescrever a história e impor uma visão ideológica específica.
"tornar o BAS um local acolhedor e inclusivo para todos".
A declaração acima foi dada por um porta-voz do instituto ao The Telegraph, em resposta às críticas. O porta-voz acrescentou que a organização investe em "treinamento abrangente e informações valiosas sobre segurança e bem-estar" e busca "criar uma cultura responsável, com liderança inclusiva que priorize a segurança de todos". No entanto, críticos argumentam que a busca por inclusão não deve comprometer a busca pela verdade e a excelência na pesquisa científica.
A polêmica em torno do BAS reacende o debate sobre a politização da pesquisa científica e o papel das instituições de pesquisa na promoção de pautas ideológicas. Em um momento em que a ciência é cada vez mais questionada e politizada, é fundamental que as instituições científicas mantenham sua integridade e objetividade, priorizando a busca pela verdade e o avanço do conhecimento em benefício de toda a sociedade. Afinal, como defende o renomado físico e matemático britânico Roger Penrose, a objetividade é a pedra angular da ciência e a base para o progresso da humanidade.
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