
Em fevereiro de 2025, os preços dos combustíveis no Brasil subiram, em média, 2,89%, superando a inflação de 1,31% registrada no mesmo período. O reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina e o diesel contribuiu para essa alta, com acréscimos de R$ 0,10 e R$ 0,06, respectivamente.
Entretanto, a majoração dos preços foi além do impacto do ICMS. A gasolina elevou R$ 0,16 por litro, chegando a R$ 6,50, em algumas partes do Brasil, foi acima desse valor, enquanto o etanol, sem alteração no ICMS, subiu R$ 0,17, atingindo R$ 4,51. O diesel S-10 apresentou o maior aumento, de R$ 0,27, custando R$ 6,63.
Os dados, coletados pela ValeCard entre 1° e 27 de fevereiro em mais de 25 mil postos de combustíveis, revelaram aumentos médios de 2,45% para a gasolina, 3,86% para o etanol e 4,28% para o diesel S-10, comparando com janeiro.
Além do ICMS, o preço do diesel foi afetado por um reajuste da Petrobras, que aumentou R$ 0,22 o preço do litro para as distribuidoras em 31 de janeiro. Esse aumento foi repassado aos postos de combustíveis, impactando o consumidor final.
"Em fevereiro, além do aumento do ICMS, o preço do diesel sofreu um reajuste nas refinarias da Petrobras. Esses aumentos nos combustíveis, tanto por causa de impostos quanto por ajustes no valor do produto importado ou refinado no Brasil, tendem a impactar toda a economia, já que a maioria dos produtos comercializados no país depende do transporte de caminhões. Como resultado, o efeito dessa alta se reflete nos preços de diversos itens, incluindo alimentos" explica Brendon Rodrigues, head de Inovação e Portfólio da ValeCard.
Fatores globais e nacionais, como a alta do dólar (em torno de R$ 5,70), oscilações no preço do petróleo e o aumento dos custos logísticos, também influenciaram a elevação dos preços.
O efeito cascata do ICMS, que incide no início da cadeia produtiva, contribui para o aumento dos preços finais ao consumidor, impactando toda a economia nacional.
Fonte: revistaoeste