
A semana no Brasil se inicia com uma agenda econômica e política agitada. O Banco Central divulga o relatório Focus, enquanto o governo Lula articula no Congresso pautas importantes.
No cenário político, manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, com a presença do ex-presidente Bolsonaro e de governadores.
"A gente está aqui para pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas (â?¦) Quero ver quem vai ter coragem de se opor (ao projeto da anistia)" afirmou Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Enquanto isso, Lula busca apoio para aprovar o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, visando aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores, contrastando com os que, segundo ele, usam esquemas de sonegação.
O governo também planeja lançar uma nova política de crédito para reformas residenciais, permitindo que as pessoas façam melhorias em suas casas. Além disso, o governo lançou o "Crédito do Trabalhador", que entra em operação em 21 de março, para estimular a economia por meio de empréstimos consignados.
Em meio a essas discussões, o ministro Cristiano Zanin marcou para os dias 25 e 26 de março o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outros envolvidos na tentativa de golpe de 2022.
No âmbito econômico, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro, o maior da série histórica. O INSS também realizará o pagamento de valores devidos a 140 mil beneficiários devido a erro de cálculo em benefícios de auxílio-doença e acidente.
A Câmara Americana de Comércio (Amcham) alertou o governo Trump sobre os riscos de tarifas adicionais ao Brasil, destacando que isso prejudicaria empresas americanas.
"O Brasil gerou o terceiro maior superávit comercial dos EUA no G20 e um superávit de US$ 165,4 bilhões em serviços (2015-2024)" alertou a Amcham.
O governo segue avaliando ações para reduzir os preços dos alimentos no Brasil, descartando medidas heterodoxas como a restrição de exportações, defendendo que a queda da inflação depende de um conjunto de ações ao longo do tempo.
Por fim, a deputada federal Duda Salabert propôs transferir temporariamente a capital do Brasil de Brasília para Belém durante a COP30, visando reforçar o compromisso do país com as questões climáticas.
Fonte: infomoney