
Após o Carnaval, a CPI das Bets retomará suas atividades, com foco na análise de documentos e informações financeiras dos investigados. O presidente da comissão, senador Hiran (PP-RR), assegurou que o trabalho não foi interrompido, e a equipe se dedica a examinar dados fornecidos pelo Coaf, Receita Federal e outros órgãos de controle.
Entre os alvos da investigação, estão influenciadores digitais como Deolane Bezerra e empresários do setor de apostas, a exemplo de Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG. A comissão aprovou requerimentos para a quebra de sigilo financeiro dos envolvidos, buscando aprofundar o conhecimento sobre as movimentações.
A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), já havia denunciado ataques à imagem da comissão e relatado ter recebido ameaças. Ela reafirmou o compromisso de seguir com as investigações até o fim, com um olhar atento para os influenciadores que promovem jogos de apostas online.
"Não paramos. Estamos analisando todos os documentos, as informações que vêm do Coaf, as informações que vêm da Receita Federal, dos órgãos de controle, e vamos dar ciência a todos os membros para podermos fazer as pautas prioritárias da comissão." disse o senador Hiran (PP-RR).
O senador Hiran enfatizou a importância de proteger a população e combater a evasão de divisas, garantindo que as empresas de bets paguem os devidos impostos, que podem ser direcionados para áreas essenciais como saúde, educação e segurança.
"Vamos fazer um trabalho certamente muito importante, principalmente para proteger as pessoas, para evitar a evasão de divisas, para fazer com que essas bets paguem efetivamente impostos que venham gerar aplicação desses recursos na saúde, na educação, na segurança. Elas estão ganhando muito dinheiro e ou não estão pagando nada de imposto, ou estão pagando muito pouco." afirmou o senador.
A CPI das Bets foi instaurada em novembro e tem previsão de término para abril, a menos que seja prorrogada. O foco principal é investigar a fundo o mercado de apostas online no Brasil, buscando irregularidades e formas de proteger os cidadãos e os cofres públicos.
Fonte: revistaoeste