
As empresas de tecnologia americanas têm tido um peso significativo na bolsa americana, com projeções de retorno acima da média histórica, segundo Felipe Hirai, sócio e gestor da Dahlia Capital.
Hirai destaca a importância de analisar diferentes fatores dessas empresas.
"Uma empresa de tecnologia tem que negociar com múltiplo mais alto do que uma empresa de commodities porque o retorno sobre capital investido é potencialmente mais alto." concluiu Hirai.
Hirai e José Rocha, fundador da Dahlia Capital, participaram do programa Stock Pickers para discutir o assunto.
O cenário atual é marcado pelo que Hirai chama de "excepcionalismo" americano, reforçado pelo governo Donald Trump, e pela ascensão da inteligência artificial (IA), considerada a "revolução tecnológica de nossa geração". O índice S&P 500 reflete esse contexto.
"Então, tem o excepcionalismo americano sendo reforçado, a inteligência artificial, que é a revolução tecnológica de nossa geração, e a S&P 500 que está num valuation ok. A pergunta que se faz é quanto vale tudo isso", questiona Hirai.
Apesar do potencial, existem incertezas sobre investimentos em Big Techs, levando investidores estrangeiros a revisarem suas estratégias.
Em relação à IA, Rocha prevê que nos próximos 4 a 5 anos os efeitos positivos superarão os negativos.
"Depois de cinco anos, segundo o que a gente lê, não há um consenso claro, com o que acontece", disse Rocha. "Tem que monitorar", alerta ele, acrescentando que a visão atual é positiva. "Depois de cinco anos é mais acalorado (o debate sobre IA) do que vai acontecer", concluiu Rocha.
A longo prazo, no entanto, a perspectiva é de um debate mais acalorado sobre o futuro da IA.
O sucesso das Big Techs está intrinsecamente ligado ao cenário político e econômico americano, sob o comando do presidente Donald Trump, e sua política que visa um crescimento econômico expressivo.
Fonte: infomoney