
Após o acidente em Vinhedo, a empresa aérea Voepass enfrenta dificuldades significativas. Dados de novembro de 2024, revelados pelo portal Poder360, mostram uma queda acentuada no número de passageiros: 37% em setembro e 20,7% em outubro, em comparação com os mesmos meses de 2023.
A recuperação da Voepass tem sido mais lenta do que a de outras empresas que enfrentaram acidentes graves. A companhia aérea já apresentava fragilidade financeira antes do incidente, agravando a situação.
Em contraste, a TAM (atual Latam), após o desastre de Congonhas em 2007, que resultou em 199 mortes, viu uma queda de 11,2% no número de passageiros em agosto daquele ano, comparado ao mês anterior, e uma retração de 2,4% em setembro. A recuperação, nesse caso, começou em outubro.
"A companhia segue empenhada nas tratativas com as famílias para garantir a conclusão do processo da forma mais ágil e satisfatória possível." concluiu a Voepass em comunicado.
A comparação com a recuperação da TAM após o acidente de 2007, demonstra que a Voepass enfrenta desafios ainda maiores. A Gol, que também sofreu um acidente grave em 2006, também apresentou uma recuperação mais célere.
A Voepass precisa superar a crise de confiança causada pelo acidente. A recuperação da empresa dependerá de diversos fatores, incluindo medidas para retomar a confiança dos passageiros e soluções para a fragilidade financeira.
A situação da empresa aérea levanta questionamentos sobre a segurança aérea e a capacidade de resposta das companhias a eventos catastróficos. A análise do caso Voepass pode servir como estudo de caso para o setor, apontando os desafios e as melhores práticas para gestão de crises no ramo de aviação comercial.
O impacto da queda de passageiros na Voepass é significativo, e os próximos meses serão cruciais para avaliar se a empresa conseguirá se recuperar deste momento crítico. O setor acompanha de perto os desenvolvimentos da companhia.
Fonte: Revista Oeste