Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

Reflexões

Dia do Meio Ambiente traz reflexões sobre o caos urbano e a importância da educação Ambiental

Imagem de destaque da notícia

No Dia do Meio Ambiente, celebrado onrtem, quarta-feira (05), a arquiteta e urbanista Melissa Toledo traz à tona reflexões cruciais sobre a relação entre o planejamento urbano e os desafios ambientais que enfrentamos. Com uma abordagem técnica e detalhada, a arquiteta ressalta a complexidade de integrar a paisagem natural com a paisagem construída, destacando a necessidade de um olhar mais atento e responsável sobre nossas cidades.

"É um dia que a gente precisa realmente tirar para refletir ainda mais diante desse caos urbano que nós estamos vivendo, não só no Brasil, no Rio Grande do Sul, mas também em outras partes do mundo", afirma Toledo. Ela destaca que o meio ambiente não se limita apenas à paisagem natural, mas inclui a integração com a cidade, seus objetos arquitetônicos, praças, espaços de lazer, entre outros componentes urbanos.

Para Melissa existe a necessidade de repensar nosso planejamento urbano: "Quando falamos de chuva, alagamentos, dentre outras questões, mesmo na nossa cidade, a gente não está falando de agora, desses últimos 4, 8 anos, mas de uma implantação urbana que vem de décadas atrás". Ela enfatiza que muitos dos problemas atuais são consequência de políticas e práticas urbanas consolidadas ao longo do tempo.

A arquiteta sugere ações voltadas ao planejamento urbano que envolvam tanto o setor público quanto o privado. "É crucial revermos nossas políticas de permeabilidade privada, não é só o público, muito pelo contrário, o privado também tem sua parcela de responsabilidade", explica.

A implementação de paisagismo urbano público e uma educação urbano-ambiental são fundamentais para a melhoria das cidades.

"Se a gente não mudar, inserir um olhar e uma correlação de responsabilidade para com a cidade, a cidade não vai melhorar", alerta a arquiteta.

Ela observa que os problemas ambientais são resultado de uma falta de sincronia entre a sociedade e as políticas públicas.

Melissa também faz uma crítica à falta de maturidade na abordagem dos desastres ambientais, citando o exemplo da Alemanha, que recentemente enfrentou enchentes significativas. "A própria sociedade, em geral, nega algumas políticas de intervenção. Se não temos maturidade para entender que existe o imediatismo, que é o paliativo, mitigar os impactos de desastres, e que precisamos trabalhar com um planejamento urbano adequado, estaremos sempre adiando a solução dos problemas", aponta.

A arquiteta lembra que muitos dos problemas atuais já eram discutidos há décadas, em eventos como a Agenda 21 e a Eco-92. "Estamos com uma conta que chegou, que lá há 20, 30 anos atrás, se discutia. O patrimônio envolve o natural, o abiótico, biótico, e o cultural, imaterial. E a cidade, os centros históricos estão inseridos nesse viés", destaca Toledo, reforçando a necessidade de uma reflexão profunda sobre nossas políticas públicas de planejamento urbano.

O Dia do Meio Ambiente deve servir como um ponto de reflexão para avaliarmos nossas práticas e políticas urbanas.

"Se não houver uma sincronia de uma sociedade que amadureça e entenda a importância de uma educação urbana ambiental, continuaremos apenas mitigando os impactos atuais e prorrogando os problemas", adverte a urbanista.

Fonte: Assessoria Comunic

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis