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Política

Circo e Pão, estratégia do engano coletivo. Artigo semanal do Deputado Dan Câmara. VÍDEO

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Deputado Estadual Dan Câmara

Neste mês denominado Janeiro Branco, muito se fala sobre a saúde mental e o adoecimento da mente humana em uma sociedade tão exposta a conteúdos constantes, viciantes e alucinantes, criando assim uma cultura de múltiplas funções que sobrecarregam a vida de exigências impostas a nós mesmos. É necessário compreendermos melhor o sentido da vida. E a relevância da nossa vida é grande. É um presente de Deus.

Nosso Cérebro constrói um ideal e pauta nossa vida por desejos que nem sempre resultam em satisfação plena. Este órgão tão fundamental para nossa existência real no mundo, quando sobrecarregado, desenvolve padrões e condicionamentos distorcidos, mudando totalmente a nossa percepção da realidade.

E nessa correria de ter, entender, conhecer o tudo, adoecemos e, muitas vezes, nos perdemos. Perdemos a noção da preciosidade das experiências diárias da vida; não damos valor no cotidiano, nas pequenas conquistas; e perdemos o significado de viver com consciência do hoje real.

A busca sustentada pelo cérebro humano de recompensas imediatas, sem muito esforço, nos coloca em lugar de risco que vai muito além da saúde mental. Ao distorcer nossa percepção do real, a mente comete equívocos fundamentais em sua relação com o mundo e é aí que nossa capacidade de analisar certo e errado pode ser direcionado nos tornando "massa de manobra" da sociedade.

Sempre em busca de atalhos para fugir do real e viver no imaginário que julga ser ideal, a mente humana manipulada adora a ideia de "Pão e Circo". Esta técnica de ação de administradores públicos, embora simples, é uma ferramenta poderosa de controle social, uma vez que cala-se rapidamente a voz do povo com um pouco de distração da mente e do corpo.

Ao longo do ano, temos vários exemplos desse ato, mas com o findar do ano e o início deste, essa fábula de pausa das notícias ruins, da realidade sofrida e pesada para aproveitar a felicidade plena é mais visível. Há um ditado infeliz no Brasil que afirma que o ano só começa depois do carnaval. Este é mais um desses "cala-boca" da sociedade patrocinado com dinheiro público que poderia, com o destino certo, gerar saúde, educação e segurança. Ao invés disso causa transtornos nas cidades, impacto da saúde com crescimento de índices de doenças infectocontagiosas, sobrecarga do sistema de segurança pública, produção de toneladas de lixo nas ruas, dentre outros.

Ainda no mês de dezembro vivemos a corrida frenética para as celebrações excessivas que nada refletem a sensação de defesa social. A pressa em terminar os trabalhos geram uma correria absurda em vários órgãos públicos que deveriam cautelosamente estar agindo, julgando, analisando e avaliando propostas em benefício da sociedade.

A política do Pão e Circo, muito conhecida de todos nós continua a ser utilizada e dificilmente será extinta se continuarmos com essa cultura de permissividade com situações erradas que causam engano e sofrimento.

Na vida real, o impacto da falta de condições dignas de trabalho, educação, saúde, segurança e todo arcabouço teórico da defesa social, geram grandes problemas para a população, criando um círculo vicioso de dependência financeira de um Estado que prefere dar uma esmola ao invés de condições dignas de crescimento e liberdade, e que apenas coloca um curativo superficial, adiando ou até mesmo impedindo a cura integral e permanente de nossa sociedade.


Sobre Dan

Dan Câmara é Deputado Estadual, Presidente da Comissão de Segurança Pública, Justiça e Defesa Social na ALEAM, Presidente da Comissão de Justiça e Segurança Pública da UNALE, Cofundador da Força Nacional de Segurança especialista em Planejamento Estratégico, Presidente de honra do Clube militar dos veteranos.

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