A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pĂșblica, proposta pelo governo Lula, tem gerado debates acalorados no cenĂĄrio polĂtico. O governador de GoiĂĄs e pré-candidato à PresidĂȘncia, Caiado, manifestou preocupação com a proposta, alertando para uma possĂvel centralização que poderia prejudicar os estados e fortalecer o crime organizado.
A proposta, que visa fortalecer o Sistema Ănico de Segurança PĂșblica (SUSP), instituĂdo em 2018, busca maior integração entre União, estados e municĂpios no combate ao crime. O ministro Lewandowski assegura que não haverĂĄ interferĂȘncia nas polĂcias estaduais, com diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Segurança PĂșblica e Defesa Social, incluindo representantes da União, estados e sociedade civil.
O ministro Lewandowski comentou sobre o projeto, que, segundo ele, tomou todas as precauções para não interferir nas polĂcias civis ou militares, tendo como objetivo garantir diretrizes gerais e fomentar a cooperação federativa.
"O projeto tomou todos os cuidados para não interferir nas polĂcias civis ou militares. O objetivo é garantir diretrizes gerais e fomentar a cooperação federativa." afirmou Lewandowski.
As restrições orçamentĂĄrias também são um ponto crĂtico. O corte de R$ 500 milhões no orçamento de 2025 afetou os fundos que financiariam as ações previstas na PEC, como o Fundo Nacional de Segurança PĂșblica e o Fundo PenitenciĂĄrio Nacional. Lewandowski lamentou a perda de recursos, apesar de seus apelos ao relator do Orçamento.
Após a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a PEC seguirĂĄ para uma comissão especial e, posteriormente, para votação em dois turnos na Câmara e no Senado. Aliados do governo defendem a proposta como parte de uma estratégia para enfrentar o crime organizado, com planos de apresentar um plano nacional de segurança pĂșblica com metas especĂficas para o combate ao narcotrĂĄfico, milĂcias e trĂĄfico de armas.
Em paralelo, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou a investigação do deputado Gilvan da Federal, que expressou o desejo de morte do presidente Lula durante uma sessão da Câmara, no contexto da discussão sobre o desarmamento da segurança presidencial. Essa declaração ocorreu logo após a entrega do texto da PEC ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Este cenĂĄrio polĂtico demonstra a complexidade e as tensões em torno das polĂticas de segurança pĂșblica no Brasil, com visões divergentes sobre a melhor forma de combater o crime e garantir a segurança da população. A PEC da segurança pĂșblica promete ser um tema central nos debates do Congresso Nacional.
A polarização polĂtica em torno da segurança pĂșblica continua a ser um desafio para a governabilidade e a busca por soluções eficazes para o problema da violĂȘncia no paĂs.
A realidade é que o SUSP precisa ser efetivado em todos os municpios do Brasil, além de viabilizar recursos federais para ações especĂfĂcas, ações integradas entre os entes federativos são fundamentais. Como todos sabem, as necessidades e o dia a dia acontecem nos municpios, o SUSP contempla a relevancia da participação municipal de forma mais efetiva com as segurança pĂșblica, quando estebelece os conselhos de segurança, as secretarias municipais de ordem pĂșblica, as guardas municipais, as comissões de segurança pĂșblica em todas as casas legislativas, além de ter o foco no fomento do conceito de defesa social e ordem pĂșblica, onde o papel das outras esferas, como educação, esporte, infraestrutura como a iluminação pĂșblica, dentre outros fratores, são contemplados no Sistema Ănico de Segurança PĂșblica.
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