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Câmara dos Deputados

Casa Civil diz que novas fontes de investimento podem melhorar capacidade de resposta a desastres

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Vinicius Loures / Câmara dos Deputados Petula: Brasil tem capacidade para dar uma pronta resposta aos desastres naturais.

Especialistas em resposta a desastres naturais participaram nesta quarta-feira (9) de audiência na Câmara dos Deputados para tratar de melhorias no programa Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (Respad). O debate aconteceu na Comissão Especial sobre Prevenção e Auxílio a Desastres e Calamidades Naturais.

Secretária da Casa Civil da Presidência da República, Petula Ponciano Nascimento reconheceu que é preciso buscar novas fontes de financiamento para fazer frente aos custos elevados dos desastres naturais, mas disse que a atual capacidade de resposta é eficaz.

"O Brasil tem capacidade para dar essa pronta resposta, a gente precisa aprimorar essas capacidades, e eu acho que é nesse processo que a gente está seguindo agora, de aprimoramento dessa grande articulação e desse arranjo interfederativo para que o estado brasileiro dê conta desse processo", disse.

Ela destacou que hoje o governo federal tenta identificar outras fontes de financiamento para capacitação de pessoal e compra de equipamentos, como o Fundo da Amazônia, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Além disso, será anunciada até maio a inclusão de novos ministérios para reforçar o Respad.

"Temos um sistema que funciona bem, e que poderia funcionar melhor, mas não podemos criar barreiras para que esse sistema continue funcionando porque os desastres estão aí", concluiu a secretária.

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados Audiência Pública - Discussão do programa Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (RESPAD). Dep. Pedro Aihara (PRD - MG) Pedro Aihara (ao microfone) elogiou atuação do Respad

Exemplo do Japão
Nesse ponto, o deputado Pedro Aihara (PRD-MG), que solicitou a reunião, elogiou a atuação do Respad e reforçou que o tempo de resposta em situações de crise deve considerar as necessidades das vítimas.

"Quando eu estive no Japão fazendo a especialização em gestão de riscos uma coisa que me impressionou foi que mesmo no momento caótico as pessoas conseguiam cooperar e entender que a urgência não era delas, mas era das vítimas", relatou.

Recursos Humanos
A falta de pessoal é um dos gargalos no funcionamento do Respad segundo o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Leno Rodrigues de Queiroz.

"Não conseguimos colocar pessoas trabalhando na escala de 24 horas porque ele não tá regulamentado, talvez isso só possa ser resolvido com a criação de uma carreira específica", disse.

Ele citou como avanços a criação de gratificação para servidores da defesa civil. Segundo ele, isso melhorou o ânimo desses profissionais, que passaram a se sentir recompensados por não ter previsibilidade em sua jornada de trabalho.

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Audiência Pública - Discussão do programa Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (RESPAD). Gerente do Projeto RESPAD da Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Paulo Queiroz Trinta Paulo Trinta pediu mais articulação para evitar crimes durante desastres naturais

Articulação
Gestor do Respad na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Paulo Queiroz Trinta enfatizou a necessidade de aprimorar a articulação dos envolvidos no enfrentamento dos desastres naturais, sobretudo para evitar que crimes cometidos durante a crise fiquem impunes.

"A Senasp deveria estar sempre à frente dessa questão de coordenação da articulação por que infelizmente dentro do desastre a gente também prevê crimes acontecendo e a gente precisa de bombeiros trabalhando com total tranquilidade dentro da cena", frisou.

Com o argumento de melhorar a integração entre os agentes durante as calamidades e desastres, a representante do Ministério do Meio Ambiente Vanessa Negrini defendeu que a transferência de recursos federais para estados e municípios combaterem incêndios florestais seja realizada sem convênios.

Hoje o regulamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente prevê que os valores transferidos a estados, municípios ou organizações sociais dependem de prévio convênio, parceria ou outros acordos que formalizem as regras para a transferência.

"É uma medida que a gente considera extremamente oportuna e que vai facilitar para que a gente possa estreitar e dar uma resposta célere", reforçou Negrini.

Fonte: Agência Câmara Notícias

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