
Se hoje Sara Almeida, 16 anos, tem um cômodo em sua casa, em Catanduva-SP, repleto de medalhas e troféus é porque persistiu. Atleta do Centro de Excelência de São Bernardo do Campo, equipamento mantido pela Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, a judoca precisou vencer a resistência dos seus próprios familiares para continuar no esporte.
Sara conheceu o judô aos 5 anos, depois que seu tio Cláudio a indicou a um sensei. "Eu era meio briguenta e o judô me deixou mais calma, focada", lembra ela. O tatame desde cedo parecia uma extensão de Sara, seu habitat natural. Na adolescência, ela decidiu que se tornaria uma judoca profissional. Mas, dentro de casa, essa resolução não foi digerida prontamente.
"Não era para eu estar aqui, no tatame. Meus familiares diziam que eu não deveria lutar. Acho que pelo fato de eu ser mulher, da história do "sexo frágil". Tivemos muitas discussões a respeito. Mas eu sempre quis ser judoca. Coloquei meu sonho acima de tudo", diz.
Fonte: Agência SP