Os proprietários das fintechs 2 Go Bank e InvBank estão sob acusação de liderar uma organização criminosa com laços ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A denúncia foi formalizada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).
A investigação aponta para um esquema complexo de lavagem de dinheiro e outras atividades ilÃcitas, utilizando as estruturas das fintechs para movimentar recursos provenientes de atividades criminosas ligadas ao PCC. A suspeita é que as instituições financeiras digitais serviam como fachada para legitimar o dinheiro sujo da facção.
O Gaeco detalhou que as operações financeiras atÃpicas e o crescimento exponencial das fintechs levantaram suspeitas, culminando na investigação que agora associa diretamente os donos das empresas ao crime organizado. As autoridades acreditam que a descoberta pode levar a um desmantelamento significativo de parte da infraestrutura financeira utilizada pelo PCC.
Este caso reacende o debate sobre a necessidade de maior rigor na regulamentação e fiscalização do setor de bancos digitais, especialmente no que tange à prevenção de lavagem de dinheiro e financiamento do crime organizado. A investigação continua em andamento, e mais detalhes devem ser divulgados à medida que as autoridades aprofundam a análise das provas coletadas.
O caso envolvendo as fintechs e o PCC expõe a fragilidade do sistema financeiro digital, que pode ser explorado por criminosos para ocultar e movimentar recursos ilÃcitos. A expectativa é que a Justiça atue com rigor para punir os responsáveis e fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização do setor.
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