
A Prefeitura de Guarulhos foi condenada a indenizar em R$ 110 mil a mãe de uma criança que faleceu após um erro médico em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que manteve a sentença de primeira instância.
O caso envolve a trágica morte de um menino que, após sofrer uma queda, foi levado à UPA com sangramento nasal e inchaço ocular. Liberado sem exames adequados, a criança retornou dois dias depois a outra unidade de saúde em estado grave, vindo a falecer após múltiplas paradas cardíacas.
A negligência no primeiro atendimento, que não investigou a fundo os sintomas, foi determinante para o desfecho fatal. O TJSP considerou que a falta de exames retirou a chance de recuperação da criança.
"O paciente deveria ter sido encaminhado a um estabelecimento com a infraestrutura necessária para realizar o exame." afirmou o desembargador Magalhães Coelho, relator do caso.
O caso serve de alerta para as falhas no sistema de saúde pública e a necessidade de garantir um atendimento médico adequado, com diagnósticos precisos e encaminhamentos eficientes. A decisão judicial reforça a importância da responsabilização em casos de negligência médica.
Este lamentável incidente levanta sérias questões sobre a qualidade e a responsabilidade dos serviços de saúde oferecidos à população, especialmente em se tratando de crianças, que dependem integralmente do cuidado e atenção dos adultos e profissionais da área.
Casos como este, infelizmente, expõem as fragilidades de um sistema que, muitas vezes, falha em garantir o direito fundamental à saúde e à vida. A esperança é que a justiça seja feita e que medidas rigorosas sejam tomadas para que tragédias como essa não se repitam.
A condenação da prefeitura de Guarulhos serve como um importante precedente para que outras instituições de saúde redobrem seus esforços na busca por um atendimento mais humanizado e eficiente, pautado pela ética e pelo compromisso com a vida.
Fonte: terrabrasilnoticias