Cuba enfrenta um grave problema no fornecimento de energia elétrica, um serviço básico que a ditadura não consegue mais garantir. A estatal responsável pelo setor admitiu, em comunicado, que a demanda nos horários de pico supera em quase o dobro a capacidade de oferta.
A situação é crÃtica e tem gerado descontentamento na população, que sofre com os constantes apagões. O governo cubano, que controla rigidamente a informação, tem publicado notas no site Cubadebate desde 2021, informando sobre a falta de energia, o que demonstra a persistência do problema.
De acordo com a estatal, a diferença entre a demanda e a oferta de energia é alarmante.
"Estima-se uma disponibilidade máxima de 1.760 MW e uma demanda máxima de 3.200 MW, resultando em um déficit de 1.440 MW", afirma o comunicado.
O comunicado também reconhece que o abastecimento de energia foi interrompido desde a manhã do dia 9 de março, estendendo-se até a madrugada do dia 10.
A matriz energética cubana é altamente dependente de fontes não renováveis, como petróleo (83%) e gás natural (12%), o que a torna vulnerável às flutuações do mercado internacional e a eventuais sanções econômicas.
Os dados da Agência Internacional de Energia revelam que, em 2022, a produção nacional de energia foi de aproximadamente 1 MWh por habitante, um volume significativamente inferior ao do Brasil (2,7 MWh por habitante) no mesmo perÃodo. Essa queda na disponibilidade de energia é a mais acentuada em 23 anos.
A crise energética em Cuba é mais um reflexo do fracasso do regime socialista em garantir o bem-estar da população. A falta de investimentos em infraestrutura e a dependência de fontes de energia ultrapassadas contribuem para agravar a situação.
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