Os Estados Unidos e a Rússia solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião urgente, a portas fechadas, para discutir a escalada da violência na Síria. Diplomatas confirmaram que a reunião ocorrerá nesta segunda-feira, em resposta aos confrontos entre apoiadores do presidente deposto, Assad, e as forças de segurança.
Nos últimos três dias, o conflito interno já resultou em mais de mil mortes, impactando principalmente os alauítas, uma minoria étnico-religiosa que historicamente apoiava Assad. A situação exige atenção imediata da comunidade internacional para evitar um agravamento da crise humanitária e de segurança.
O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, reconheceu os desafios enfrentados pelo país, classificando-os como "previsíveis". Ele liderou a coalizão islâmica que derrubou Assad, marcando uma mudança significativa no poder.
"O que está acontecendo no país são desafios que eram previsíveis." disse Ahmad Sharaa.
Os alauítas, tradicionalmente aliados ao ditador Bashar al-Assad, enfrentam acusações de uma possível "limpeza étnica sistemática" por parte do grupo sunita que assumiu o poder após a deposição de Assad em dezembro.
Ahmad Sharaa apelou à unidade nacional e à preservação da paz civil, buscando garantir a coexistência pacífica no país. No entanto, a escalada da violência e as tensões sectárias representam obstáculos significativos para alcançar esse objetivo.
"Temos de preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível e, se Deus quiser, seremos capazes de viver juntos neste país." afirmou Sharaa.
Fontes de segurança sírias reportaram a morte de pelo menos 200 membros de suas forças em confrontos com ex-militares leais a Assad, após ataques coordenados e emboscadas. A situação se agravou com a chegada de milhares de apoiadores armados dos novos governantes, intensificando os atos de vingança contra a antiga minoria governante.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, descreveu os dois dias de combates na região costeira do Mediterrâneo como os mais graves em anos, em um conflito civil que já se estende por 13 anos. Os confrontos noturnos persistem em várias cidades, com grupos armados atacando forças de segurança e emboscando veículos.
É importante ressaltar que a situação na Síria é complexa e multifacetada, com diversos atores e interesses envolvidos. A reunião do Conselho de Segurança da ONU representa uma oportunidade crucial para buscar soluções diplomáticas e evitar um maior derramamento de sangue.
Oremos para que as forças de segurança da nações promovam a paz e a segurança, em vez de acirrar os conflitos.
Fonte: infomoney
