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Estupro

Femicídios crescem e casos de estupro batem recorde no Rio em 2024

O número de mulheres vítimas de feminicídio aumentou 8% no estado do Rio de Janeiro em 2024.


O nĂșmero de mulheres vĂ­timas de feminicĂ­dio aumentou 8% no estado do Rio de Janeiro em 2024. Foram 107 vĂ­timas, contra 99 registradas em 2023.

Esse é o segundo maior patamar desde 2016, quando este crime passou a ser contabilizado nas estatĂ­sticas feitas pelo Instituto de Segurança PĂșblica.

O dado faz parte do Panorama da ViolĂȘncia Contra a Mulher 2025, lançado neste sĂĄbado (08), Dia Internacional da Mulher, pelo Governo do Estado.

O termo feminicĂ­dio designa o assassinato de mulheres como crime de ódio ou em contexto de desigualdade de gĂȘnero, como violĂȘncia doméstica, por exemplo.

Em 2015, isso se tornou uma qualificação, o que agrava a pena por homicĂ­dio. No ano passado, o feminicĂ­dio foi transformado em um crime autônomo, que não agrava a pena.

O mesmo panorama mostra que o assassinato de mulheres em razão do seu gĂȘnero cresceu mesmo com a diminuição de 26,3% dos homicĂ­dios dolosos com vĂ­timas femininas, o que inclui também aqueles em que o sexismo não foi um fator determinante.

Em 2024, foram 140 registros – o que significa que 76% dessas mulheres foram vĂ­timas de feminicĂ­dio. JĂĄ em 2023, o estado do Rio teve 190 homicĂ­dios dolosos em geral praticados contra mulheres, incluindo 99 feminicĂ­dios, ou seja 52% do total.

Além disso, as delegacias do estado receberam 370 denĂșncias de tentativa de feminicĂ­dio em 2024, um recorde na série histórica, que é 20% maior do que os 308 registros feitos em 2023.

O Rio de Janeiro conta com 14 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, e em 2024, somente nessas unidades foram feitos mais de 36 mil registros de ocorrĂȘncia, sendo 22.710 relacionados a medidas protetivas.

A denĂșncias de estupro feita por mulheres e meninas também bateram o recorde histórico em 2024, passando de 5 mil, cerca de 300 a mais do que em 2023.

JĂĄ os casos de importunação sexual – que é o termo correto para a prĂĄtica mais conhecida como assédio, quando alguém pratica atos libidinosos sem o consentimento da outra pessoa – foram 2441, outro recorde.

DenĂșncia e ajuda

Além de denunciar qualquer tipo de violĂȘncia diretamente nas delegacias, as vĂ­timas também podem acionar a PolĂ­cia Militar, caso ainda estejam sofrendo a violĂȘncia ou em perigo iminente.

No Rio de Janeiro, as vĂ­timas de violĂȘncia doméstica também são atendidas pelo programa Patrulha Maria da Penha, que tem como principal função garantir que as medidas protetivas sejam cumpridas e encaminhar as mulheres para a rede de proteção. Em cinco anos, mais de 91 mil mulheres foram assistidas em cerca de 343 mil atendimentos.

As mulheres também podem baixar o aplicativo Rede Mulher, disponĂ­vel para todos os aparelhos de celular. Ele oferece informações sobre os serviços de proteção à mulher disponĂ­veis no estado e também permite que a vĂ­tima peça socorro a amigos e familiares de forma rĂĄpida e fĂĄcil, e acione a PolĂ­cia Militar, com apenas alguns cliques.

AgĂȘncia Brasil

Direitos Humanos Estupro Rio De Janeiro Dia Internacional Da Mulher

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