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Febre Amarela

Terapia adaptada diminui mortes por febre amarela em 84%


Após o uso no surto paulista de 2018/2019 a terapia foi aplicada pelas equipes do Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, com resultados semelhantes.

O estudo foi realizado em parceria entre o departamento de Infectologia e Medicina Tropical e o Departamento de Gastroenterologia, além do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, ambos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em parceria com o Churchill Hospital, da Universidade de Oxford, e a Fundação Pro-Sangue.

Casos atualizados

A eficiência do tratamento nos casos atuais, já que São Paulo passa por novo período de aumento de casos, é baixa pois, segundo Yeh-li, eles não estão chegando aos hospitais de alta-complexidade. Para a médica, o problema está na falta de treinamento adequado das equipes de unidades de atendimento primário e secundário, que não reconheceram os quadros de sintoma e não testaram os pacientes a tempo, remetendo-os para equipamentos com capacidade de resposta para este tipo de caso.

Para Yeh-li, essa é uma das possíveis explicações também para a alta taxa de letalidade registrados em São Paulo, onde de 18 casos relatados 12 foram óbitos, mais de 60%. A taxa de mortalidade em 2018/2019 esteve no patamar de 35% dos casos. O aumento de casos este ano levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a divulgar um alerta para viajantes no último dia 14.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 13 dos 18 casos tiveram como possível local de infecção a região de Campinas (Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Campinas, Pedra Bela e Piracaia); um caso tem como possível local de infecção a região de Bauru (Brotas); um caso tem como possível local de infecção a região Piracicaba (São Pedro); um com local provável de infecção a região de São José dos Campos (Caçapava); um caso o possível local de infecção está sob investigação e o último caso é importado, tendo sido contraído em Minas Gerais.

A pasta tem reforçado os esforços de orientação às prefeituras, que levam a vacinação a cabo. Dos 12 mortos, 11 não haviam sido vacinados. Em 2024 foram registrados dois casos humanos de febre amarela no estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito.

Também neste ano, foram confirmados 36 casos de febre amarela em primatas não humanos no estado, sendo 23 na região de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto e Pitangueiras), 11 na região de Campinas (Pinhalzinho, Campinas, Serra Negra, Socorro, Joanópolis, Amparo e Valinhos), um na região de Barretos (Colina) e um na Grande São Paulo (Osasco). Avistamento de macacos mortos é um evento que pode ter relação com casos da doença e deve ser informado para as autoridades de vigilância epidemiológica da cidade onde ocorrer.


Agência Brasil

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