
A decisão de afastar a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de operações conjuntas no combate ao crime organizado gerou críticas. A medida impede a participação da PRF em operações dos Gaecos (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e das FICCOs (Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado) da Polícia Federal.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e especialista em investigações sobre o PCC, expressou sua discordância em entrevista ao portal Metrópoles. Segundo ele, não existe impedimento jurídico para a atuação da PRF nessas operações.
Gakiya destacou a importância do suporte de inteligência fornecido pela PRF, especialmente no que se refere a informações sobre crimes ocorridos nas rodovias sob sua jurisdição.
"Não há qualquer impedimento jurídico para a participação da PRF em operações dos Gaecos e das FICCOs da PF." argumentou o promotor.
O promotor também comparou a situação da PRF com a de outras forças de segurança que colaboram com os Gaecos e as FICCOs, como as polícias militares estaduais e as polícias penais federal e estaduais.
"As polícias militares estaduais também colaboram com os Gaecos em todo o Brasil e participam das FICCOs, assim como as Polícias Penais Federal e Estaduais, e nenhuma delas tem status de Polícia Judiciária" ressaltou Gakiya.
A decisão de afastar a PRF dessas operações levanta questionamentos sobre o impacto no combate ao crime organizado, especialmente considerando o papel da corporação no fornecimento de informações cruciais para as investigações.
Para muitos, a medida representa um retrocesso, limitando a capacidade de atuação das forças de segurança no enfrentamento a organizações criminosas que atuam em todo o país.
Fonte: revistaoeste