
O IBGE divulgou dados do Censo 2022 nesta semana, revelando que a maioria dos brasileiros com diploma universitário optou por cursos de gestão e administração, totalizando 4,07 milhões de graduados. A formação de professores sem áreas específicas ocupa o segundo lugar, com 3,1 milhões, seguida por direito, com 2,46 milhões.
Outras áreas que se destacaram incluem promoção, prevenção, terapia e reabilitação (1,37 milhão), contabilidade e tributação (1,14 milhão), enfermagem (898.464), letras (887.873), psicologia (597.731), medicina (553.538) e engenharia civil e construção (518.252).
Em maio de 2024, o IBGE já havia divulgado informações sobre alfabetização. Os dados atuais focam na escolaridade média dos brasileiros, com base em um questionário amostral que abrange 10% da população.
Houve um crescimento notável na proporção de brasileiros com ensino superior completo. Em 2000, apenas 6,8% da população com 25 anos ou mais possuía diploma de graduação, subindo para 11,3% em 2010 e alcançando 18,4% em 2022. Contudo, o Brasil ainda está atrás de países desenvolvidos.
O aumento da escolarização superior foi registrado em todas as regiões, embora com ritmos diferentes. O Centro-Oeste lidera com 21,8% da população acima de 25 anos com ensino superior completo, enquanto o Nordeste apresenta o menor índice, com 13%.
Entre as unidades federativas, o Distrito Federal destaca-se com a maior taxa de conclusão do ensino superior, atingindo 37%. São Paulo ocupa a segunda posição, com 23,3%, e o Maranhão tem o menor percentual, com 11,1%. Talvez a concentração de funcionários públicos em Brasília explique o bom desempenho do Distrito Federal, já que concursos públicos exigem nível superior.
Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, São Caetano do Sul (SP) lidera, com 48,2% de sua população adulta possuindo ensino superior completo. Em contrapartida, Belford Roxo (RJ) tem o índice mais baixo, com apenas 5,7%. Outros municípios com baixos índices incluem Queimados (RJ) com 7,4%, São João de Meriti (RJ) com 7,2% e Francisco Morato (SP) com 6,8%.
É fundamental que o governo direcione os investimentos em educação de forma mais eficaz, buscando reduzir as desigualdades regionais e garantir que mais brasileiros tenham acesso ao ensino superior de qualidade. As universidades precisam formar profissionais que atendam às demandas do mercado, evitando o crescente número de desempregados com diploma de nível superior.
Fonte: revistaoeste