
O ministro do STF, Gilmar Mendes, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 27, descartou a possibilidade de anistia aos presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
Questionado sobre a possibilidade de o STF reduzir as penas dos manifestantes, como alternativa ao projeto de lei em debate no Parlamento, Mendes mostrou-se contrário à ideia, distanciando-se da proposta defendida por Michel Temer.
O ministro argumentou que os atos de 8 de janeiro devem ser analisados em um "contexto mais amplo", referindo-se ao vandalismo contra prédios públicos e aos possíveis responsáveis por trás dos atos.
"É bom olhar o 8 de janeiro em um contexto mais amplo", disse Gilmar Mendes.
Mendes também mencionou a denúncia do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, como um elemento que "dá um pano de fundo a tudo isso".
"A denúncia do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, complementa e, de alguma forma, dá um pano de fundo a tudo isso (...) Não vejo condições de discussão sobre anistia. E, em muitos dos casos, há crimes os quais a anistia é proibida na própria Constituição." concluiu o ministro Gilmar Mendes.
Além disso, Gilmar Mendes comentou sobre o inquérito das fake news, indicando que o processo se encaminha para o encerramento, com muitos desdobramentos em outras ações e denúncias.
O ministro evitou estipular um prazo para a conclusão do inquérito, mas expressou o desejo de que ocorra ainda em 2025.
Fonte: revistaoeste