
A Azul (AZUL4) divulgou resultados expressivos no quarto trimestre de 2024, alcançando um Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão, um marco histórico com um aumento de 33% em relação ao ano anterior. A empresa também reverteu um prejuízo anterior, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões no período.
Apesar dos números positivos, analistas da XP mantêm uma recomendação neutra para a companhia aérea, citando incertezas macroeconômicas e desafios na gestão de dívidas.
Um dos pontos de atenção é a volatilidade do dólar e os preços do petróleo, fatores que impactam diretamente os custos da Azul. A empresa enfrenta dificuldades para repassar esses custos aos consumidores em um cenário econômico incerto.
A renegociação de dívidas da Azul envolve a conversão de parte delas em equity, o que, embora reduza o pagamento de juros, pode resultar em diluição para os acionistas.
"O cenário macro está um pouco mais difícil, mais volátil. O dólar teve uma subida bem forte, teve depois uma retraída, mas continua volátil. Então, é um ambiente mais difícil de precificação. Isso significa que a Azul precisa continuar subindo tarifa para fazer frente a isso." disse Matheus Sant"Anna, analista de transportes da XP.
Ainda segundo Sant"Anna, a diluição acionária é uma preocupação, já que o tamanho exato dessa diluição ainda não está claro, dependendo do preço da dívida a ser convertida em ações.
"O principal ponto que deixa a gente um pouco mais reticente é que essa diluição ainda não está clara de quanto ela vai ser e qual o tamanho, já que ainda não fecharam o preço da dívida que vai ser convertida em ações." explicou o analista.
Em resumo, a Azul demonstra resiliência com seus resultados operacionais, mas enfrenta desafios significativos que podem afetar seu desempenho futuro. A gestão da dívida e a adaptação a um cenário macroeconômico incerto serão cruciais para a sustentabilidade da empresa.
Fonte: infomoney