Os índices futuros dos EUA iniciaram em queda nesta quinta-feira (20/02/2025), após o S&P 500 atingir um recorde no fechamento anterior. A principal preocupação dos investidores é a ata do Federal Reserve (FED), que demonstra receio quanto ao impacto inflacionário das políticas econômicas do presidente Donald Trump.
A ata do FED destacou a preocupação com o aumento de preços pelas empresas como forma de compensar o custo das tarifas de importação. Essa situação gerou incertezas no mercado, levando a uma queda nos índices futuros.
Os mercados da Ásia-Pacífico também fecharam em baixa, refletindo a preocupação com as tarifas propostas por Trump sobre automóveis, chips e importações farmacêuticas. A possibilidade do FED manter as taxas de juros em patamares mais altos por mais tempo contribuiu para o cenário negativo.
"As taxas poderiam ser implementadas já em 2 de abril." disse Donald Trump, sem especificar se as tarifas seriam direcionadas a países específicos ou generalizadas.
Na Europa, o cenário é misto. Alguns mercados operam em alta, impulsionados pela divulgação de resultados corporativos de empresas como Accor, Renault, Mercedes-Benz e Airbus. No entanto, a guerra na Ucrânia continua a influenciar os mercados, especialmente após Trump ter chamado o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de "ditador".
O petróleo registra queda, impulsionada por um relatório que indica aumento nos estoques de petróleo bruto dos EUA. Já o minério de ferro na China subiu devido ao forte consumo de aço pelo país.
O Bitcoin apresentou leve alta nas últimas 24 horas.
Em meio a este cenário conturbado, a atenção se volta para dados econômicos como os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA e os resultados corporativos de gigantes como Walmart e Alibaba, fatores que podem impactar o mercado nos próximos dias. A incerteza gerada pelas ações de Trump e as preocupações com a inflação são os principais elementos que ditam o tom do mercado atualmente.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou que a União Europeia tem força para lidar com possíveis ameaças tarifárias dos EUA, mas espera um acordo negociado para evitar uma guerra comercial. Essa declaração aponta para a expectativa de uma solução diplomática para o conflito.
infomoney