
Em 2024, os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) se destacaram como o investimento preferido dos brasileiros, superando em muito os títulos do Tesouro Direto.
Dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apontam R$ 1,01 trilhão investidos em CDBs por pessoas físicas, contra apenas R$ 181,9 bilhões no Tesouro Direto.
Embora os bancos ofereçam taxas atrativas, um estudo da Quantum Finance indica que a remuneração em CDBs pós-fixados (os mais comuns) frequentemente se aproxima ou fica abaixo do CDI.
Então, o que explica essa preferência? Diversos fatores contribuem para o sucesso dos CDBs. Jeff Patzlaff, planejador financeiro, destaca a maior variedade de prazos e taxas em comparação aos títulos públicos, permitindo escolhas alinhadas aos objetivos financeiros de cada investidor.
"permitindo que os investidores escolham conforme seus objetivos financeiros" concluiu Jeff Patzlaff.
Julio Ortiz, CEO da CX3 Investimentos, adiciona outro ponto crucial: a mudança na política monetária de 2024.
"Os bancos, de forma conservadora, iniciaram um processo de reforço de caixa, pagando taxas mais altas; houve uma grande corrida por ativos pós-fixados", explicou Julio Ortiz.
A busca por segurança também desempenha um papel importante. A proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) aos depósitos bancários atrai muitos investidores, tornando os CDBs uma opção aparentemente mais segura para uma parcela da população.
Apesar da popularidade dos CDBs, a escolha entre CDBs e Tesouro Direto depende do perfil de cada investidor e seus objetivos financeiros. A diversificação de investimentos sempre é recomendada.
Em resumo, a preferência por CDBs em 2024 resulta de uma combinação de fatores, incluindo maior flexibilidade, taxas atrativas em um contexto de política monetária específica e a segurança oferecida pelo FGC. No entanto, a decisão final sobre qual investimento é melhor, CDB ou Tesouro Direto, continua sendo individual e dependente do planejamento financeiro pessoal de cada investidor.
Fonte: infomoney