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Deportações

Descubra: Brasileiros deportados pelos EUA chegam ao Brasil em meio à polêmica

Segunda leva de deportados desembarca em Confins após relatos de maus-tratos

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Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) transportando 95 brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), na noite de sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025.

Este foi o segundo voo de deportação de brasileiros durante o governo do presidente Donald Trump, após uma primeira leva de 111 brasileiros ter chegado ao país em um voo anterior.

De acordo com relatos de alguns deportados, a viagem foi marcada por maus-tratos. Ridelson, um dos deportados, descreveu a experiência no voo entre a Louisiana e Fortaleza como indigna.

"As pessoas não têm amor, não têm respeito ao ser humano. A coisa que me deixou muito indignado é a questão da gente estar ali, amarrado, algemado, os pés, as mãos... Isso é muito forte. É muito forte, porque não somos bandidos. Cometemos um certo crime, entramos lá ilegal, sim, mas não acho que havia motivo para isso",
concluiu Ridelson.

Ele também comentou sobre as condições de alimentação durante o voo:

"Já estou com nojo",
disse Ridelson sobre a comida servida a bordo, apesar de elogiar o atendimento recebido em Fortaleza.

A Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, afirmou que, apesar dos relatos de maus-tratos, mulheres e crianças não foram algemadas no voo até Fortaleza, sinalizando uma possível melhora no tratamento dispensado pelo governo dos EUA.

Em Confins, os deportados receberam assistência do governo brasileiro, incluindo atendimento migratório, alimentação e informações sobre serviços essenciais, como regularização vacinal e matrícula escolar. Um centro de acolhimento foi instalado no Sesc.

"O ponto positivo que a gente pode dizer deste momento é que as instituições estão se organizando para esse procedimento de acolhida. Uma organização que a gente não tinha anteriormente, mas desde o voo que tomamos ciência da situação, nós estamos fazendo uma grande mobilização para que a gente possa criar aqui esse posto de acolhimento",
disse a ministra Macaé Evaristo.

João Vitor Batistal, outro deportado, relatou mudanças no tratamento de imigrantes detidos após a posse de Donald Trump, incluindo transferências constantes entre unidades de detenção, dificultando o contato com as famílias.

O governo brasileiro afirma que essas deportações não estão diretamente ligadas à operação de deportação em massa prometida por Donald Trump, mas sim a um acordo de 2017 que permanece em vigor.

A maioria dos deportados é da região metropolitana de Belo Horizonte, mas há pessoas de outros estados.

Fonte: infomoney

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