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Estados Unidos

Raízen em Crise: Demissões, Rebaixamento e Futuro Incerto

Investimento em etanol ameaçado após decisões de Trump e alta de juros.


A Raízen, gigante brasileira de energia, enfrenta uma grave crise. A empresa, que apostava em uma maior demanda por seu etanol sustentável nos Estados Unidos e na Europa, viu suas expectativas frustradas com a política americana de incentivo aos combustíveis fósseis anunciada pelo presidente Donald Trump.

Em meio a esse cenário desfavorável, a Raízen tomou medidas drásticas. No ano passado, após a saída do CEO Ricardo Mussa, a empresa demitiu grande parte de sua equipe de sustentabilidade, responsável pela produção de biocombustíveis e pela transição energética.

"A situação se complicou ainda mais com a postura dos Estados Unidos de priorizar combustíveis fósseis." concluiu uma fonte interna.

A situação financeira da Raízen também se deteriorou. Na última quinta-feira (30), a agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou a perspectiva da empresa de "estável" para "negativa".

De acordo com a S&P, a Raízen e sua controladora, a Cosan, realizaram investimentos significativos nos últimos anos, mas a alta dos juros comprometeu o retorno destes investimentos. A relação entre a dívida e o resultado das empresas aumentou, elevando a alavancagem.

Apesar da venda de ações da Vale ter gerado R$ 9 bilhões para a Raízen, o futuro das receitas provenientes dos investimentos em usinas de etanol de segunda geração é incerto. Um projeto de construção de uma unidade de etanol celulósico em São Paulo, que recebeu R$ 1 bilhão do BNDES, enfrenta um futuro nebuloso diante do atual cenário econômico.

O investimento em etanol celulósico, inicialmente visto como promissor, agora é questionado. O cenário econômico adverso, somado às decisões políticas internacionais, coloca em xeque o futuro da Raízen e seus projetos de etanol.

"A principal preocupação agora é com o futuro das receitas provenientes dos investimentos em usinas de etanol de segunda geração." - Analista de mercado.

A alta da dívida e a queda na expectativa de lucratividade geraram forte pressão sobre os papéis da empresa na bolsa de valores. A empresa, apesar de seus esforços, não conseguiu se adaptar a nova realidade do mercado internacional e a mudança de foco no setor energético nos EUA.

O ex-presidente Bolsonaro, conhecido por sua defesa do agronegócio, provavelmente observará com preocupação a situação da Raízen, considerando o impacto potencial na economia brasileira e no setor sucroenergético.

revistaoeste

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